domingo, 13 de setembro de 2009

Rock Band aprovado por John Lennon

Cover do ex-Beatle testou com o JT o jogo
que traz 45 canções do grupo de Liverpool

Por: Felipe Branco Cruz, do Jornal da Tarde

A última quarta-feira foi um dia incomum. Pelo menos para os beatlemaníacos, que viram na cabalística data 09/09/09 um marco: o lançamento do jogo "Rock Band: Beatles" e da discografia completa da banda, remasterizada. O JT não deixou a data passar em branco e convidou Fábio Colombini, cover de John Lennon, do grupo Beatles 4 Ever, para incorporar o Lennon virtual e dar sua opinião sobre o game.

O teste, feito com o console X Box 360, aconteceu na loja UZ Games, no Shopping Ibirapuera, e o veredicto foi dos melhores. “É impressionante o nível de fidelidade com que os gráficos reproduzem momentos-chave da carreira do grupo. Os produtores perceberam que não podiam vacilar com os fãs e capricharam.”

Nos Estados Unidos, o jogo vem acompanhado de instrumentos que reproduzem os clássicos modelos utilizados pela banda, como a guitarra Rickenbacker 325, de Lennon, e o baixo Höfner, de Paul McCartney. No Brasil, as peças só estarão disponíveis em 2010. O teste acabou sendo feito, então, com outra guitarra – o que não impediu a diversão.

Vestido com um terninho preto semelhante ao usado pelos membros do grupo no início da carreira, Colombini começou o jogo tocando "Twist And Shout" e "Boys". Mesmo já familiarizado com o estilo do game, o nosso Lennon preferiu não arriscar e escolheu o módulo fácil. Depois de dez notas seguidas sem erro, ele esboçou o primeiro sorriso. O resultado surpreendeu: 98% de aprovação.

No total, são 45 canções, que passam por todas as fases da carreira dos Beatles. A cada música, há um cenário diferente e significativo, como, por exemplo, o Cavern Club, os estúdios Abbey Road, o programa de TV Ed Sulivan Show, o Shea Stadium e até o teto da sede da gravadora Apple, onde a banda fez a sua última apresentação.

Entre uma música e outra, Colombini soltava comentários do tipo “a reprodução da mesa de som é idêntica à de Abbey Road” ou “a forma como Ringo pega nas baquetas e a desliza na bateria é assustadoramente igual”.

Uma característica do novo jogo que o diferencia dos outros da série Rock Band é a falta das vaias. Nos anteriores, quando um jogador tocava muito mal, o público vaiava. Como não pega bem vaiar os Beatles, os produtores acharam melhor retirar o efeito.

Mudando o traje para a farda verde de Lennon em Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, Colombini foi ao nível médio para interpretar "Lucy in The Sky With Diamonds" e "I Am The Walrus". “Não dá para aprender a tocar guitarra com o jogo, mas percebi que os produtores tiveram o cuidado de manter os mesmos acordes.” O game funciona assim: as notas são representadas por cores e o jogador precisa apertar a tecla com a cor correspondente na guitarra no mesmo momento em que é passada no televisor.

Para se despedir, Colombini mudou o figurino de novo e, com um terno branco semelhante ao utilizado por seu ídolo em Abbey Road, reproduziu "I Want You". “Eles estão no teto da Apple, foi a última apresentação do grupo”, observou o Lennon brasileiro. O ‘show’ acabou com a canção Revolution. “Uma pena não ter a bateria para tocar. Acho que ela seria o instrumento mais divertido.” Assim, ficou no ar a expectativa para o ano que vem, quando o game chegará completo ao País.

Covers num céu de diamantes

O caminho para se gravar músicas dos Beatles, a banda
mais regravada no mundo, pode ser árduo. Mas compensa.



Por: Felipe Branco Cruz, do Jornal da Tarde

Ansiosamente esperado por fãs em todo o mundo, o dia chegou. É hoje, 9/09/09, o lançamento do game "Rock Band: The Beatles" e da caixa com a discografia completa da banda remasterizada digitalmente (leia abaixo). Um dos motivos para a demora em lançar os produtos seria a falta de entendimento entre os ex-integrantes vivos (Paul e Ringo), as viúvas (de John e George) e a editora responsável. Portanto, se mesmo entre eles a dificuldade é grande, como será feita a liberação dessas músicas para outros artistas? Demora? Custa caro? Beatles é uma espécie de cálice de ouro no meio musical e, por isso mesmo, não é tão fácil assim levá-los para o estúdio.

Depois de lançar o "Álbum Branco", com regravações das 30 canções do disco homônimo dos Beatles, de 1968, feitas por brasileiros, o produtor Marcelo Fróes vai colocar na praça neste mês "Beatles 69", com todas as músicas gravadas pela banda em 1969, interpretadas por Frejat, Milton Nascimento, Jota Quest, Capital Inicial e Mallu Magalhães, que cantará a inédita "How do You Do", feita por Paul McCartney, há 40 anos.

“É um processo burocrático. Mas, neste caso, respeitamos a melodia e a letra original. Quando há mudança na letra, a tendência é não autorizar”, diz Fróes.

O primeiro passo para a sonhada autorização é solicitar a liberação junto às editoras Sony e a EMI Publishing, que dividem os direitos da banda no Brasil. Segundo Fróes, há ainda o ‘fator Michael Jackson’. “Antes de 1985 era mais fácil regravar Beatles. Depois que Michael Jackson comprou parte dos direitos, a coisa virou um negócio mais lucrativo”, diz.

Na época, Michael pagou em um leilão US$ 47,5 milhões pelos direitos das músicas, mas em 1995 revendeu para a Sony 50% desses direitos. “Foi um investimento de Michael. Ele sabia que as canções poderiam render muito.” O tempo é um fator a ser levado em consideração e a autorização pode levar até um ano para sair. “Não dá para resolver gravar um disco hoje e querer enfiar nele uma música dos Beatles. Leva tempo”, diz Fróes. Ainda assim, o investimento vale a pena. Cantores como Kiko Zambianchi, que refez "Hey Jude" em 1989, e Paulo Ricardo, que regravou "Imagine", de Lennon, com a aprovação de Yoko Ono, em 2001, viram seus nomes flutuarem em um céu de diamantes.

A dupla de violonistas Duofel é bom exemplo. Só depois de oito meses de negociações eles conseguem, agora, lançar o álbum instrumental "Plays The Beatles", com canções como "Eleanor Rigby" e "Here Comes The Sun". “Para dar certo, tivemos de nos filiar à ABMI (Associação Brasileira de Músicos Independentes)”, diz o violonista Fernando Melo.

A filiação foi necessária para dar embasamento ao pedido e baratear o valor. “Teríamos de pagar R$1 mil por música. Ou seja, um disco com 11 faixas, antes mesmo de ser gravado, já teria um custo de R$11 mil”. Os discos, por este preço, só podem ser vendidos por um tempo pré-determinado e com a tiragem limitada. Quanto maior a tiragem, maior o preço. “Depois que nos filiamos, o preço caiu para R$ 100 por música.”

A dupla contou ainda com uma forcinha do jornalista da Globo, Mauricio Kubrusly. Ele escreveu um bilhete para a editora, com argumentos favoráveis à banda. “Quando a autorização saiu, tivemos uma sensação de vitória.”

Caso uma banda queira apenas interpretar as canções em shows e não gravá-las, o processo é bem mais simples. Basta pagar uma taxa ao Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) que irá repassar os direitos autorais, como faz com todos os artistas. A banda cover "Beatles 4Ever", no entanto, quer mais do que isso. Eles pretendem lançar um DVD recriando momentos dos Beatles nos estúdios Abbey Road, em Londres. “Já temos material gravado, mas está tudo aguardando a sonhada liberação”, diz Fábio Colombini, o John Lennon do grupo.

A banda está otimista e acredita ser mais difícil conseguir gravar no Brasil Raul Seixas e Roberto Carlos do que Beatles. “Não se trata de uma questão de pagar mais caro ou mais barato pelas músicas da banda. A editora analisa se o projeto é uma coisa séria e se não vai deturpar a obra original do artista.”

Quando há uma mudança da letra, a liberação pode demorar anos. Foi o que aconteceu com Rita Lee, que mudou completamente "I Want to Hold Your Hand", que virou "A Cabra e o Bode". A música só foi gravada este ano, depois de 8 anos de espera. Final menos feliz teve Lulu Santos, que depois de gravar "Lá vem o Sol", versão de "Here Comes the Sun", na década de 80, viu sua canção ser cassada pelo autor George Harrison. Recentemente, Lulu iria regravar a versão para colocá-la na trilha sonora da novela "Caminho das Índias" e não pode por dois motivos: os Beatles não querem mais suas músicas usadas em trilhas sonoras de novelas e a editora de Harrison ainda mantém a restrição a Lulu Santos.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

I am the walrus

Adoro essa música lisérgica e nonsense dos Beatles. Sobre ela, a Wikipedia diz: "John Lennon escreveu parte da letra, segundo ele, em duas distintas "viagens" de ingestão de drogas. Alguns versos foram escritos após John Lennon ler que um professor de sua antiga escola, Quarry Bank Grammar School, estava utilizando as letras das músicas dos Beatles para as aulas de inglês. Então ele escreveu alguns versos totalmente sem sentido para confundir os que fossem utilizar esta canção para análise."

Um gaiato resolveu traduzir a canção ao pé da letra para português. O resultado foi esse engraçado vídeo.


segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Duofel plays The Beatles

Por: Felipe Branco Cruz

Hoje descobri uma dupla sensacional, Duofel. Recebi o cd deles só com interpretações dos sucessos dos Beatles. Antes de ouvir o disco fiquei pensando se realmente era necessário mais um grupo regravar músicas do Beatles. Afinal, se quero ouvir Beatles, vou escutar o original. Mas a interpetração para os sucessos do quarteto de Liverpol é tão bem feita e tão boa que eu não consegui parar de escutar até agora.

Veja o vídeo deles interpretando "Across The Universe"

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