quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Bye, bye, Paul

Reproduzo abaixo a matéria que escrevi para o Jornal da Tarde com a crítica do segundo dia do show de Paul McCartney em São Paulo, no dia 22/11/2010.

Por: Felipe Branco Cruz
Fonte: Jornal da Tarde

O saldo da passagem de Paul McCartney pelo Basil não poderia ter sido melhor. O ex-beatle, definitivamente, não foi um daqueles artistas reclusos, que dão trabalho aos papparazzi em busca por uma imagem exclusiva. McCartney andou de bicicleta no Parque do Povo, no Itaim Bibi, acenou para o público que o esperava do lado de fora do hotel, comemorou o aniversário de sua namorada, Nancy Shevell, no hotel Hyatt, com show da cantora Izzy Gordon, fez spa relaxante e, claro, brindou os brasileiros com três memoráveis apresentações, uma em Porto Alegre e duas em São Paulo. Um prato cheio para os fãs brasileiros.

A passagem do músico foi encerrada com chave de ouro na segunda-feira, quando ele fez o segundo show na capital paulista, no estádio do Morumbi, para um público de 64 mil pessoas, mesmo número da apresentação de domingo. O repertório foi ligeiramente diferente do primeiro show, com Magical Mystery Tour abrindo a noite, em vez de Venus and Mars/Rock Show. As outras canções incluídas foram Got to get you into my life, no lugar de Drive My Car; I’m looking through you, substituindo I’ve just seen’ face e Two of Us, no lugar de And I love Her, além da inclusão de Bluebird, gravada em 1973, com o Wings, no disco Band on the Run. Desse álbum aliás, Paul McCartney incluiu no repertório outras cinco canções: Band on the run, Jet, Mr Vanderbilt, Let Me Roll It e Nineteen Hundred And eighty-five. Foi uma justa homenagem ao disco mais famoso de McCartney com o Wings, relançado este ano em versão remasterizada.

Na estrada com a mesma banda há mais de 10 anos, o cantor e compositor conseguiu fazer o show de anteontem ser tão perfeito quanto o do domingo. Teve os mesmos efeitos pirotécnicos em Live and Let Die e as mesmas homenagens aos amigos de Beatles, John Lennon, em Here Today, e George Harrison, em Something, e também a sua mulher, Linda, que morreu de câncer em 1998. “Essa música eu fiz para a minha gatinha, Linda. Mas hoje é para todos os namorados”, disse, em português, antes de cantar My Love. O show teve até referência ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que teve sua imagem exibida no telão durante a canção Sing the Changes, composta para o álbum Electric Arguments (2008), um disco experimental, fruto de um dueto com o produtor Youth.

Frases em português
A chuva que castigou a cidade na segunda-feira não atrapalhou o show. Ela cessou logo no início da apresentação, por volta das 22h50. Paul não perdeu a oportunidade para fazer brincadeiras e, em português, disse “Tudo bem na chuva?”, seguido por um “chove chuva”, ao que a plateia respondeu: “Chove sem parar!”. Entre uma canção e outra, o ex-beatle voltou a elogiar a música brasileira. “É ótimo estar de volta ao Brasil, terra da música linda”. Em inglês, McCartney lamentou não conseguir dizer em português que a guitarra que ele estava usando para tocar a canção Paperback Writer foi usada na gravação original da música, feita em 1966.

Assim como em Porto Alegre, McCartney reservou uma surpresa para o bis. Depois de cantar Yesterday, o músico disse à plateia que sempre vê alguns fãs com cartazes pedindo para que ele dê um autógrafo em seus braços, para depois preencherem por cima com uma tatuagem. A surpresa, até para o astro, foi ver que no palco foram chamadas as mesmas meninas (a gaúcha Elisa Delifno e a catarinense Ana Paula Hininig, ambas de 18 anos) que já tinham ganhado o autógrafo em Porto Alegre. “Mas vocês já têm a assinatura”, ele disse. Elas pediram um autógrafo no outro braço, mas McCartney negou e falou para voltarem a seus lugares. Em seguida, encerrou sua temporada no Brasil com Helter Skelter e o medley Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band/The End. Bye, bye, Paul.

Para entrar para a história

Abaixo reproduzo a matéria que escrevi e publicada originalmente no Jornal da Tarde, com a crítica do primeiro show de Paul McCartney em São Paulo, no dia 21/11


Por: Felipe Branco Cruz
Fonte: Jornal da Tarde

Aos 68 anos, Paul McCartney não precisava tocar as quase 3 horas em cada um dos shows programados para o Morumbi – ontem e domingo –, para deixar em êxtase as mais de 60 mil pessoas esperadas em cada noite. Para o público voltar para casa feliz, bastaria ver o ex-beatle em ação. Mas McCartney fez muito mais. Falou em português, cantou mais de 20 músicas, homenageou os amigos John Lennon e George Harrison, acenou, deu tchauzinhos. Além de agradecer inúmeras vezes pelos aplausos. Apresentações como essas mostram porque o cantor e compositor não é “Sir McCartney” por acaso. Exceto pela queda que sofreu no palco – ao final do show do domingo, depois de agradecer ao público –, a noite foi simplesmente perfeita. O tombo aconteceu quando o cantor ia para o camarim e tropeçou numa caixa de som no palco. Apesar do susto, ele logo se levantou e demonstrou que não tinha sido nada grave.

O repertório da apresentação de domingo foi praticamente igual ao de Porto Alegre, sendo que na capital gaúcha ele tocou uma música a mais, Ram On, que em São Paulo ficou de fora. McCartney não é do tipo que faz mudanças drásticas no setlist. Às vezes, ele se dá ao luxo de mudar uma coisa ou outra, como fez na Argentina, onde abriu o show com Magical Mystery Tour. Diferentemente de Porto Alegre, aqui ele não convidou ninguém a subir ao palco. Mas abusou do português, com frases lidas numa tela à sua frente, entre elas “Boa noite, São Paulo”, “Obrigado, paulistas”, “E aí, galera?”, “Tudo ótimo” ou “Esta noite, eu vou tentar falar português. Mas vou falar mais em inglês”.

Momentos de destaque do show também foram falados em português, como quando ele cantou My Love. “Fiz essa música para a minha gatinha, Linda. Mas hoje a música é para os namorados”. Ou, ainda, quando homenageou John Lennon. “Escrevi essa música para meu amigo John”, ele disse, antes de cantar Here Today, do álbum Tug of War, de 1982. McCartney também reservou espaço para homenagear o outro amigo beatle, George Harrison, cantando Something, canção de autoria de Harrison.

Interação com a plateia
Enquanto John Lennon era mais introspectivo, Paul McCartney sempre foi considerado o mais carismático dos Beatles. No domingo, ele provou isso ao interagir o tempo inteiro com a plateia quando, por exemplo, ao final de Hey Jude, pediu, em português, para apenas os homens cantarem e depois só as mulheres. Outro exemplo foi quando resolveu, de improviso, fazer uma canção com o nome de São Paulo. Foram quase dois minutos de solos acompanhado do coro da plateia cada vez que ele dizia: “Ê, ô, São Paulo”.

Num outro momento, Paul se virou para a plateia nas arquibancadas do lado direito e disse: “Estão gostando?”. O público foi ao delírio. Depois, ele virou para o lado esquerdo e perguntou: “E vocês do lado de cá? Estão aproveitando o show? Eu estou adorando”. A cada canção, o ex-beatle não perdia a oportunidade de fazer uma brincadeira. Antes de tocar Ob-La-Di, Ob-La-Da, ele disse, em inglês: “Essa é uma canção que todos já cantaram alguma vez na vida, mesmo que escondidos. Agora, é o momento de cantar comigo. Vamo lá, se soltem”. Pouco depois, astro e público cantaram juntos no clássico refrão “She love’s you, yeah, yeah, yeah”. E o ex-beatle acrescentou um “I love you, yeah, yeah, yeah”.

Paul McCartney gosta, também, de não alterar os arranjos originais de suas canções. Para alguns músicos que já estão há longo tempo na estrada, tocar as mesmas canções, com os mesmos arranjos originais, é cansativo. Para ele, não é assim. All My Loving, Drive My Car e And I Love Her, escritas na década de 60, foram executadas com o mesmo arranjo e frescor que tiveram quando foram compostas, há 40 anos. A banda que acompanhou o astro mundial também não decepcionou. Os músicos dessa turnê já tocam com o ex-beatle há mais de dez anos.

O destaque foi o baterista Abe Laboriel Jr., que mantinha sua batida forte e marcante com simpatia e sorrisos. “Você gostaram de ver Abe dançando?”, perguntou McCartney para a plateia. Além de Laboriel Jr., também estavam no palco Paul Wix Wickens (teclado), Brain Ray (guitarra e baixo) e Rusty Anderson (guitarra). Ou seja, Paul McCartney se apresentou em quarteto. Como ele adorava fazer com os velhos amigos do Fab Four.

Álbuns ‘Vermelho’ e ‘Azul’ são relançados

Por: Felipe Branco Cruz
Fonte: Jornal da Tarde

Depois que os Beatles se separaram em 1970, foi lançada uma série de coletâneas com as canções do quarteto. As primeiras e talvez as mais significativas de todas foram Vermelho – 1962-1966 (Red) e Azul – 1967-1970 (Blue), ambas de 1973. As coleções serviram como um guia básico para as novas gerações conhecerem o principal repertório dos Beatles. Agora, a EMI relança os álbuns remasterizados e acompanhados de novo material gráfico, um ano depois que a discografia completa dos Beatles foi relançada após receber o mesmo tratamento.

A qualidade das canções nos álbuns Vermelho e Azul, de fato, está melhor, com um som mais limpo e claro. Neles, estão incluídos clássicos como Strawberry Fields Forever, Lucy in The Sky With Diamonds, All You Need Is Love, Love me Do, Can’t Buy me Love, Help!, Yellow Submarine, entre outros.

Infelizmente, o material gráfico que acompanha os discos não recebeu o mesmo cuidado que as músicas. As duas fotos internas dos encartes contêm erros. O primeiro é uma legenda de uma foto feita em frente à igreja de Saint Pancras, em Londres. A data informada na legenda é de 1969, quando na realidade a fotografia foi feita em 1968.

A outra falha está numa foto do grupo em que George Harrison aparece segurando um cigarro. Em tempos de leis antifumo, no novo encarte, o cigarro foi retirado digitalmente da mão de Harrison. É possível perceber o erro (veja a foto comparativa), a partir da sombra da foto, que revela o cigarro na mão dele.

Acima a foto sem cigarro, alterada digitalmente. Abaixo a foto original

Na internet
Na semana passada, foi anunciada também a inclusão das músicas dos Beatles no catálogo da loja virtual iTunes. Até então, as canções do quarteto não tinham versões digitais à venda. Estão disponíveis os 13 álbuns de estúdio e mais uma coletânea em dois volumes. Cada álbum será vendido por US$12,99 e as músicas individuais, por US$1,29. Em menos de 24 horas, as canções dos Beatles já estavam entre as mais vendidas da loja virtual. Sete, dos 13 álbuns, estão no top 20.

Lennon definitivo

Por: Felipe Branco Cruz
Fonte: Jornal da Tarde

Com o devido tratamento especial que o ex-beatle John Lennon merece, chegou ao mercado, pela bagatela de R$ 1 mil, o John Lennon Signature Box, uma caixa com os principais álbuns do músico remasterizados, além de dois discos extras com músicas inéditas, gravações caseiras e singles. Como se trata de Lennon, já seria notável chegar ao conhecimento do público uma nova canção, como é o caso da singela India, India. Mas o box é mais do que isso. Ele será para os fãs de John a coletânea definitiva, acompanhada de textos assinados pela viúva Yoko Ono e pelos filhos Sean e Julian (este, fruto do primeiro casamento, com Cynthia).

A caixa com 11 CDs traz todos os álbuns lançados por Lennon depois do término dos Beatles, em 1970. Os discos também podem ser comprados individualmente, por R$34,90. Infelizmente, na coletânea não estão incluídos os álbuns solo Two Virgins (1968), Life With The Lions (1968), Wedding Album (1969) e o ao vivo Live Peace in Toronto (1969). A seleção gerou crítica entre os fãs de Lennon, mas o motivo para os títulos terem ficado de fora pode ser explicado por serem experimentais, feitos numa fase complicada da vida do cantor.

A remasterização do box foi acompanhada de perto por Yoko, que supervisionou, avalizou o processo e privilegiou nos encartes as cores azul e branca, as favoritas do casal. Outra medida da viúva foi destacar a voz de Lennon e esconder a sua própria nos duetos – coisa que talvez John não aprovasse, já que sempre fez questão que Yoko tivesse destaque.

Desses álbuns, o mais emblemático é Imagine, que traz a canção-título, uma das mais significativas da carreira de Lennon. Mas há clássicos como John Lennon/Plastic Ono Band, lançado assim que ele saiu dos Beatles, em 1970, que traz as canções Mother, I found out e a contestadora God.

No box, está também um livreto com textos, desenhos e manuscritos de John. Mais do que um mimo para os fãs, trata-se de um importante material que se manteve inédito até hoje, somente agora liberado por Yoko. O ponto negativo é que os textos do produto, importado, estão todos em inglês. Mesmo assim, estão lá fotografias de John e Yoko durante algumas viagens, como uma feita ao Egito, fotos da infância do músico e bastidores dos estúdios de gravação em Nova York, nos Estados Unidos.

O lançamento foi motivado pelas comemorações dos 70 anos de Lennon, completados no dia 9 de outubro. Em 8 de dezembro, a morte do cantor completará 30 anos. A overdose dos Beatles, no caso do Brasil, é ainda potencializada pela apresentação de Paul McCartney (que fará esta noite a sua última apresentação na cidade, no Estádio do Morumbi).



Mais Lennon
Para quem não quiser desembolsar R$1 mil na caixa, foi lançada também a compilação Gimme Some Truth, feita em três versões diferentes. A primeira, mais simples, batizada de Power to The People, traz os principais hits de Lennon, como Woman, Instant Karma!, Imagine, entre outros, e custa R$39,90. A segunda versão (R$59,90) vem acompanhada de um DVD com 15 clipes de músicas.

Já a terceira, Gimme Some Truth (R$ 160), reúne quatro CDs, com 72 músicas, divididos em quatro temas: Working Class Hero (política), Woman (mulher), Borrowed Time (cotidiano) e Roots (de raízes). Estão incluídas aí canções como Be-Bop-A-Lula (no disco Roots), Mind Games (Borrowed Time), Mother (Woman) e Woman is The Nigger Of The World (Working Class Hero). Finalmente, uma coletânea à altura do gênio.

Enfim, é hora de ver Paul

Matéria que eu escrevi, publicada no Jornal da Tarde no dia do primeiro show de Paul McCartney

Por: Felipe Branco Cruz
Fonte: Jornal da Tarde

Somente quando os telões do Estádio do Morumbi começarem a exibir, às 21h, um vídeo de meia hora com a retrospectiva dos mais de 50 anos de carreira de Paul McCartney, é que as mais de 60 mil pessoas esperadas cairão na real de que, realmente, estão prestes a assistir, ao vivo, à performance histórica de um beatle em ação. Tem sido assim há mais de 20 anos. Sempre antes de suas apresentações, McCartney exibe um filme que parece dizer para a plateia: “oi, para quem não me conhece, este sou eu” (como se ele precisasse disso), ao mesmo tempo em que o coloca no devido patamar de uma lenda viva da cultura pop.

Mas antes de tocar em São Paulo nesta turnê, Paul fez show em Porto Alegre (7/11) e Buenos Aires, na Argentina (10 e 11/11), brindando o público com um generoso repertório (veja ao lado) de quase 40 músicas em três horas de apresentação. E quando se diz generoso, é porque nesse set list estão incluídas canções universalmente conhecidas, como Let it Be, Yesterday, I’ve Got a Feeling, Hey Jude, Live and Let Die e Band on The Run, compostas por Paul junto com os Beatles, com o Wings e depois em carreira solo.

Nesta, que é considerada uma das melhores turnês de Paul McCartney, Up and Coming Tour, o público testemunhará no palco um artista que não precisa provar nada para ninguém. Ele não estará ali por dinheiro (já que ele é um dos músicos mais ricos do mundo, com uma fortuna estimada em R$ 2 bilhões), nem por pressões de gravadoras, muito menos para agradar a alguém. Quando empunhar seu tradicional baixo Hofner, McCartney estará no lugar onde se sente mais à vontade no mundo: o palco, diante de milhares de pessoas.

Quem acompanha a trajetória de Paul sabe que, no início da década de 70, quando ele tinha acabado de deixar os Beatles e excursionava com sua nova banda, Wings, Paul se empenhava em provar aos fãs que era mais do que um ex-beatle – era um músico com personalidade própria. Por isso, se recusava a tocar o repertório da banda que o colocou na história. Vieram, então, os anos 80. Um período cheio de problemas para o músico e marcado sobretudo pela morte repentina de seu amigo John Lennon. E, em meados dessa década, veio o fim do Wings.

Paul só começou a retomar o repertório dos Beatles nos anos 90.No começo, incluía quatro ou cinco canções. E elas foram ganhando mais e mais espaço. Nesta turnê, mais de 20 músicas dos Beatles são tocadas a cada noite. E o espetáculo ainda prevê espaço para homenagens aos velhos companheiros de Beatles, como o momento em que Paul entoa o hino pacifista de John, Give Peace a Chance, ou quando, empunhando um ukulele (uma espécie de cavaquinho havaiano), ele canta Something, a balada romântica composta por George Harrison, sempre com imagens dos amigos sendo exibidas nos telões.

Com a morte de John em 1980 e de George em 2001, só restaram Ringo e Paul. Ringo, o baterista, não sai em turnês, o que faz dos shows de Paul oportunidades únicas de presenciar um lendário ex-beatle em ação.

Estrutura
Como se não bastasse a música em si, o público ainda terá à disposição uma excelente parafernália sonora, montada num palco de 26 metros de altura (equivalente a um prédio de 8 andares) por 62 metros de largura, equipados com dois telões de alta definição.

Ao público, algumas recomendações. A CET armou esquema especial de trânsito. Haverá, nas imediações do estádio, áreas específicas para o estacionamento de ônibus fretados, além de bolsões de taxi. O trânsito de veículos no entorno do estádio será interrompido a partir das 23h (veja no mapa ao lado) e algumas ruas terão sentido único. Quem quiser deixar o carro em casa, pode tirar dúvidas sobre linhas de ônibus pelo telefone 156.

No bar do hotel, Paul vira plateia e backing vocal

Por: Julio Maria
Fonte: O Estado de S.Paulo

“E se Paul McCartney me chamasse para cantar para ele? Só para ele?” A cantora paulista Izzy Gordon se perguntou isso, meio que sonhando, enquanto fazia esteira numa academia de ginástica. Claro, seria uma loucura. Afinal, ela já havia cantado para Bono Vox em 2008, e um raio não iria cair duas vezes em sua cabeça. Minutos depois, o celular toca. Era o raio de novo. “Estão querendo você para um show no bar do Hotel Hyatt. Dizem que é para um estrangeiro, deve ser o Paul McCartney”, falou seu produtor.

Izzy e banda seguiram para o Upstairs Bar, do Hyatt, por volta das 22h30 de sábado. Seu nome fora indicado pelo próprio hotel para divertir McCartney e sua mulher Nancy, que fazia aniversário. E ela começou com ‘Parabéns a Você’ em ritmo de samba. Depois de ‘Chega de Saudade’ e ‘O Morro Não Tem Vez’, de Tom Jobim, além de uma música de seu repertório, ‘De Cada Lado’.

Sentado ali à sua frente com Nancy no colo, o ex-beatle parecia gostar bastante. “Ele olhava para você como olhava para o John Lennon”, exagerou o empolgado Bocato, trombonista que tocou com a cantora.

Paul foi para o meio da pista do bar, dançou com a namorada, sambou duro, mas sambou. Brincou com os músicos e cantou abraçado com Izzy ‘É com Esse Que Eu Vou’. Izzy fez um segundo ‘Parabéns a Você’ para Nancy, e nesse momento Paul foi a seu ouvido cochichar: “Cante também para o Sidney, o Sidney.” Quem? “Sy-d-ney”, soletrava Paul. O bendito Sidney era um integrante da equipe dele.

O cachê normal de Izzy é R$ 10 mil. Mas McCartney pechinchou. E fechou em R$ 7 mil.

"O dia em que encontrei Paul McCartney"

Por: Patrícia Campos Mello
Fonte: Estadão

Sir Paul McCartney estava de camiseta clara e bermuda, sem boné nem óculos, e vinha pedalando na bicicleta da frente. Sua namorada, uma morena bonita aparentando uns 45 anos, de boné e bastante maquiagem, estava na bicicleta de trás.

Foi assim, em pleno Parque do Povo, na Vila Olímpia, às 11h, que encontrei o beatle. Eu levava minha cachorra border collie Sarah pela coleira e Sir Paul passou a menos de meio metro. Olhei para uma mulher que caminhava ao meu lado, ela arregalou o olho e dissemos: "É o Paul McCartney!!?"

Olhei para ele, mas Paul não sorriu e pareceu um pouco irritado, com aquela cara de "ai, que saco, fui reconhecido".

Ainda estupefata, peguei o celular na mochila para tirar uma foto. No instante em que eu ergui o BlackBerry, surgiu um segurança, também de bicicleta.

"No pictures!", disse ele, um loiro de uns 50 anos, que vinha seguido por outro segurança de bicicleta. Imagino que havia outros seguranças circulando de bicicleta pelo parque.

"Eu não sou paparazzo, moro aqui do lado, só queria tirar uma foto de longe", disse.

"Por favor, não faça isso. Você vai me deixar muito bravo se fizer isso. Guarde o celular já", continuou, em inglês, sorrindo mas com firmeza, com um sotaque britânico.

Abaixei o BlackBerry, mas ainda não me dei por vencida e tentei novamente. Comecei a andar em direção a Paul, mas o segurança de novo se aproximou e disse: "É sério. Você vai me deixar muito bravo se fizer isso".

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Paul McCartney vai embora e deixa boas lembranças

O ex-beatle Paul McCartney e sua banda deixaram ontem o hotel onde se hospedavam, no Morumbi, em São Paulo. Embarcaram ainda pela manhã na direção do Reino Unido, segundo confirmou sua assessoria. Com o ex-beatle, foi embora uma entourage de 110 pessoas, a equipe responsável pela montagem da "Up and Coming Tour", que encantou São Paulo em duas apresentações no Morumbi.

O cantor, de 68 anos, apresentou-se para cerca de 178 mil pessoas no País em três shows, nos Estádios do Beira-Rio (Porto Alegre) e do Morumbi (São Paulo). Centenas de personalidades foram ao Morumbi ver o concerto. "McCartney em grande forma, mais de duas horas, sem parar. Temos idade parecida, e ele mostra enorme energia e prazer no que faz. Como eu", brincou o ex-candidato à presidência José Serra, em mensagem no Twitter.

O site do ex-beatle ainda não traz informações sobre qual será o próximo concerto pelo mundo. "São Paulo, nunca esquecerei seus lindos sorrisos e lágrimas... e 60 mil balões brancos", escreveu no Twitter, ontem, o guitarrista de Paul, Brian Ray. Ele também comemorava o fato de ter vendido em São Paulo (após ter sido autorizado por Paul) todas as cópias de seu mais recente CD solo, "This Way Up".

Turnê - Ao todo, McCartney ficou 17 dias na América do Sul. Além dos shows, deixou uma imagem de simpatia e elegância. Blogs e sites ainda exibem fotos de seu passeio de bicicleta (andou pela Rua Tabapuã, no Itaim-Bibi, e foi até o Parque do Povo, no sábado).

Sua última reverência ao Brasil, no show de segunda-feira, foi à música brasileira, cantarolando o hit "Chove, Chuva", de Jorge Ben Jor - o grupo Black Eyed Peas também demonstrou afeto pela canção em seu show recente no Rio de Janeiro, tocando-a com o próprio Ben Jor. A turnê "Up and Coming Tour" teve 29 apresentações pelo mundo desde março. Paul também fez um show de surpresa em Nova York, em um talk-show.

Fonte: O Estado de S. Paulo.

Flagrantes de Paul McCartney no Brasil

Imagem de Paul McCartney deixando o hotel em São Paulo

Paul McCartney andando de bicicleta no Parque do Povo, em São Paulo

Vídeo que fiz de Paul McCartney deixando o hotel em SP

Abaixo o vídeo que fiz na porta do hotel Hyatt, no momento em Paul McCartney acena para os fãs. Ele estava indo para o Estádio fazer o primeiro show, no domingo.

Vídeos da passagem de Paul McCartney em São Paulo

















Vídeos da passagem de Paul McCartney em Porto Alegre



















Vídeos da passagem de Paul McCartney na Argentina









Matérias na TV sobre os shows de Paul McCartney













Sucessos dos Beatles chegam finalmente ao iTunes

Por: Yinka Adegoke
Fonte: G1

Finalmente, os Beatles estão disponíveis no iTunes. Os 13 álbuns do lendário grupo pop agora podem ser baixados através da maior varejista digital de música do mundo, anunciou a Apple nesta terça-feira.

'Estou particularmente feliz que não me perguntarão mais quando os Beatles entrarão no iTunes', disse Ringo Starr em comunicado. 'Finalmente, se você quiser, pode tê-los.'

As músicas estarão a venda por 1,29 dólar cada, os álbuns a 12,99 dólares, e os álbuns duplos a 19,99 -- em linha com as outras músicas a preços premium no iTunes.

O acordo foi fechado depois de anos de negociação entre o fundador da Apple, Steve Jobs, a empresa que administra os Beatles, a Apple Corps, e a gravadora dos Beatles, a EMI Group.

As negociações por um acordo foram frustradas anteriormente por preocupações das pessoas

que protegem o legado dos Beatles, incluindo receios de que o valioso catálogo de canções perderia o valor ao ser vendido como músicas individuais ou aumentando o potencial de pirataria digital.

A disponibilidade dos álbuns de sucesso como 'Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band', 'Revolver' e 'Abbey Road' devem impulsionar as vendas de música digital nesse trimestre, enquanto fãs baixam as músicas para encher seus iPods e outros aparelhos de mídia.

O primeiro indício de um possível acordo surgiu em 2007, depois que a Apple resolveu uma disputa de décadas pela marca da empresa dos próprios Beatles, a Apple Corps.

Mas Yoko Ono, viúva de John Lennon; Olivia Harrison, viúva de George Harrison; e dois Beatles que ainda estão vivos, Paul McCartney e Starr, tiveram desacordos entre eles sobre se permitiriam que a música fosse disponibilizada em formato digital.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Autor lança HQ dos Beatles no Brasil


Depois de contar a história do rock desde os primeiros bluesman até o indie rock contemporâneo, o quadrinista francês Hervé Bourhis, autor de "O Pequeno Livro do Rock", foca seu olhar e ilustrações na carreira de um dos maiores representantes do estilo: os Beatles.

Em "O Pequeno Livro dos Beatles" o autor retrata toda a trajetória da banda, de 1940 a 2009, contando inclusive detalhes da carreira solo de cada um de seus integrantes.

Para comemorar o lançamento, a editora Conrad garantiu a presença de Hervé na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo, no dia 27 de novembro, às 13h30. No evento o autor deve conversar sobre seu trabalho como quadrinista, além de autografar suas duas graphic novels.

John Lennon é face de moeda na Inglaterra

John Lennon recebeu mais uma homenagem. Dessa vez da Casa da Moeda Britânica. Está à venda pela internet uma moeda de prata que não poderá ser usada no comércio, com a imagem de Lennon, com seus óculos redondos.

A imagem de Lennon foi escolhida pelo público para estampar a moeda que terá o valor estampado de cinco libras (8 dóllares), mas que custará 44,99 libras. A imagem foi escolhida por meio de um concurso e Lennon ganhou com 92% dos votos. Foram feitas 5 mil cópias.

A moeda pode ser comprada no site www.royalmint.com/johnlennon. Além de Lennon, já estamparam moedas como essa o escritor William Shakespeare e o ex-primeiro-ministro Winston Churchill.

"Band on The Run" ganha prêmio e McCartney dedica à Linda

Paul McCartney ganhou o prêmio "Álbum Clássico" para o álbum "Band on The Run", lançado em 1974 e relançado no dia 1 de novembro remasterizado. Na ocasião, o ex-beatle dedicou o prêmio a sua mulher, Linda, que morreu de câncer em 1998.

Fotos raras de Lennon feitas 2 dias antes de sua morte

Abaixo uma raridade. Algumas das últimas fotos feitas de John Lennon, no dia 6 de dezembro de 1980, dois dias antes de Lennon ser morto. Nas fotografias, o ex-beatle está dando uma entrevista ao DJ Andy Peebles, da Radio 1. Na ocasião, ele disse que se sentia seguro e confortável nas ruas de Nova York. As fotos foram feitas pelo produtor da BBC, Paul Williams, no estúdio Hit Factory. Era para a entrevista ter começado ao meio dia, mas Lennon ficou até tarde ensaiando só podendo conceder a entrevista às 18h.

Ao Daily Mail, Peebles, de 61 anos, disse: "A entrevista estava prevista para durar apenas uma hora. Mas John estava gostando e lembrando de tantas coisas que falamos por 3h20. As fotografias fazem parte de um conjunto de dez, que foram a leilão."




Fonte: Daily Mail

John Lennon no Japão comendo Cup Noodles

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Vídeo da queda de Paul McCartney no show de SP

Gerações unidas pelos Beatles

Por: Adriana Del Ré
Fonte: Jornal da Tarde

É na imagem de Paul McCartney – que se apresenta hoje e amanhã em São Paulo – que fãs dos Beatles costumam realimentar sua devoção à lendária banda de Liverpool. É como se o grupo nunca tivesse acabado, tamanho o culto a ele. E isso não se aplica apenas a gerações mais contemporâneas do quarteto. Há beatlemaníacos que literalmente mal deixaram as fraldas. É o caso de João Pedro, de 3 anos. Morando com os pais em Curitiba, ele já está na capital paulista e aguarda, ansioso, ao primeiro grande show de sua vida, hoje, no Estádio do Morumbi. “Todo dia, ele me pergunta quando vai ser o show”, afirma seu pai, o músico Osmar Piffer Neto, de 26.

Segundo a mãe, a farmacêutica Vanessa Vitoriano da Silva, de 32, o filho já sabe o que quer ouvir no set list: Drive My Car e Band On The Run. Ah, tem mais uma canção. “Calico Skies”, diz, ao telefone, o próprio João Pedro. Prova de que o pequeno especialista em Beatles conhece até o lado B de McCartney – a música está em seu disco Flaming Pie, de 1997. “Quando tinha 1 ano, ele ganhou um DVD dos Beatles, ao qual assistia sempre. Começou a fazer os trejeitos do Ringo naquelas baterias de brinquedo. Fala que é o Paul”, conta Vanessa. “De uns tempos para cá é que passou a ouvir outras coisas. Mas antes eu dizia ‘vamos ouvir Bono (do U2)’ e ele pedia para trocar por Beatles. Teve uma fase que nem a gente aguentava mais ouvir a banda (risos).”

A estudante Luisa Roubicek, de 18, que vive em São Paulo, não é tão precoce quanto João Pedro, mas arrastou seus pais para Liverpool, aos 11 anos, e dois anos depois, para Nova York, onde visitou o prédio onde John Lennon morou. “Meus pais gostam de rock, mas acho que hoje sou mais fã de Beatles do que eles”, acredita a garota, cujo quarto tem as paredes tomadas por pôsteres da banda. Ela vai ao show hoje, na arquibancada especial, acompanhada dos pais, tios e primos. “Eu sabia que na hora que o Paul viesse ao Brasil, eu não pensaria duas vezes antes de gastar o que fosse necessário. Esperei a vida inteira por isso”, completou Luisa, que só não vai na pista premium porque, quando finalmente conseguiu efetuar a compra online, os ingressos para o setor já estavam esgotados.

Bolo personalizado
No quesito “não medir esforços para ver Paul McCartney de perto”, a funcionária pública pernambucana Cláudia Tapety, de 44, vai mais além. Há 20 anos, ela deixa sua Recife e acompanha os shows do ex-beatle pelo mundo, seja onde for: EUA, Porto Rico, Argentina… Mas não adianta só ser mais uma fã, tem de participar. Pelo menos é o que pensa Cláudia.

Por isso, ela se hospeda nos mesmos hotéis onde está McCartney. Aliás, neste momento, já deve estar instalada no hotel Hyatt, em São Paulo, – onde ele deveria se hospedar – e com um carro alugado, ornamentado com fotos do músico inglês. “Ele adora isso. Quando Paul veio ao Brasil em 1993, a gente emparelhou nosso carro (também enfeitado) com o dele no aeroporto. Lá, ele saiu do jatinho e foi falar com a gente”, conta ela.

Todo dia 18 de junho, religiosamente, Cláudia organiza uma festa de aniversário para seu ídolo, com direito a bolo personalizado. As fotos dessas festinhas particulares, ela diz já ter enviado ao aniversariante, assim como outros presentes. Depois de tanto tempo, Cláudia ainda espera ter uma chance de tirar foto abraçada com McCartney. Mas não faz disso um objetivo de vida. “Viajo para assistir aos shows. Se eu conseguir tirar essa foto, estou no lucro.”

Trabalho dos sonhos dos beatlemaníacos

Por: Pedro Antunes
Fonte: Jornal da Tarde

O trajeto de 20 quilômetros percorridos no caminho de casa, na Serra da Cantareira, para o trabalho, na Vila Mariana, na ida ou na volta, pode durar de 30 minutos a duas horas e meia. No aparelho de som do carro, um Peugeot 307 preto, um CD gravado com a discografia dos Beatles está sempre lá. Os amigos até fazem piada com isso. Não é uma situação incomum entre os beatlemaníacos. Mas no caso dele, é sim.

Beto Iannicelli, de 53 anos, passa de 10 a 14 horas por dia trabalhando numa sala sendo obrigado a ouvir o som do quarteto de Liverpool até a exaustão. Ele é professor de música, ou melhor dizendo, professor de Beatles. É, na verdade, um daqueles caras que conseguem juntar o útil ao agradável. Por mais clichê que soe. Mistura o lazer ao trabalho.

Numa sala dentro do Centro de Orientação Musical, decorada com pôsteres e fotos do Fab Four, Beto recebe alunos de música interessados em estudar todo o material produzido pela banda de Paul McCartney, John Lennon, George Harrison e Ringo Star. São mais de 50 beatlemaníacos como ele que, semanalmente, passam uma hora estudando cada detalhe, cada timbre e até cada erro nas gravações dos Beatles. São aulas de guitarra, violão e baixo (que custam R$ 320 por mês) além de opções de curso de voz e arranjos utilizado nas gravações (R$ 340).

“Não posso dizer com 100% de certeza. Mas 99% dos alunos que já passaram por mim eram fã dos Beatles”, explica ele. Afinal, o curso não é para iniciantes. “Não me lembro de ter chegado para alguém dizendo que vamos aprender tal música, e ele não saber qual é.” Para entrar no Complete Beatles Songs – como é chamado o curso – , é preciso ser iniciado em algum instrumento. “Não tenho paciência para ensinar como fazer um acorde básico, pegar o dedo do aluno e colocá-lo no lugar certo. Acho que o jogaria pela escada abaixo (risos)”.

Não passa de uma piada. Beto faz o tipo tranquilo, chama os outros de maneira carinhosa, como “velhinho”, tem cabelo um pouco longo, encaracolado, e mantém o bigode bem aparado, ambos grisalhos. Cobra perfeccionismo, é evidente, mas é algo que qualquer fã exige ao ouvir um cover da sua banda favorita. Com Beto e seus alunos, não seria diferente.

Quatro décadas de mania
O professor garante que ouvir Beatles não cansa. “Eu os escuto desde 1964”, disse. Tinha 7 anos. Com essa idade, conta ele, já pegava um violão e tocava It Won’t Be Long, música do disco With the Beatles, lançado um ano antes. Desde então, ele não parou mais. Tornou-se músico, arranjador, compositor. Há dez anos, cansou de dar aula na Universidade Livre de Música (ULM). “Resolvi fazer o que eu gostava”, explica Iannicelli. A divulgação boca a boca deu conta de começar a encher a agenda de aulas. Atualmente, só existem duas vagas.

Tal fixação também está presente em casa. A família toda, formada pela mulher, três filhas e um filho, herdaram a paixão pelo quarteto. Eles estiveram no show de Paul McCartney em Porto Alegre, no dia 7, e irão hoje e amanhã ao Morumbi. “Ver a reação deles no show é indescritível.” Para ele, será uma curtição. E, para variar, será ao som de Beatles.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Preparativos para o show de Paul McCartney

Como vocês perceberam, nos últimos dias o blog ficou sem atualização. É que estamos preparando um especial com tudo o que vai acontecer durante os shows de Paul McCartney em Porto Alegre e São Paulo. Além de um especial sobre os 30 anos de morte de John Lennon. Aguardem!

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