Por: Felipe Branco Cruz
Fonte: Jornal da Tarde
Aos 68 anos, Paul McCartney não precisava tocar as quase 3 horas em cada um dos shows programados para o Morumbi – ontem e domingo –, para deixar em êxtase as mais de 60 mil pessoas esperadas em cada noite. Para o público voltar para casa feliz, bastaria ver o ex-beatle em ação. Mas McCartney fez muito mais. Falou em português, cantou mais de 20 músicas, homenageou os amigos John Lennon e George Harrison, acenou, deu tchauzinhos. Além de agradecer inúmeras vezes pelos aplausos. Apresentações como essas mostram porque o cantor e compositor não é “Sir McCartney” por acaso. Exceto pela queda que sofreu no palco – ao final do show do domingo, depois de agradecer ao público –, a noite foi simplesmente perfeita. O tombo aconteceu quando o cantor ia para o camarim e tropeçou numa caixa de som no palco. Apesar do susto, ele logo se levantou e demonstrou que não tinha sido nada grave.
O repertório da apresentação de domingo foi praticamente igual ao de Porto Alegre, sendo que na capital gaúcha ele tocou uma música a mais, Ram On, que em São Paulo ficou de fora. McCartney não é do tipo que faz mudanças drásticas no setlist. Às vezes, ele se dá ao luxo de mudar uma coisa ou outra, como fez na Argentina, onde abriu o show com Magical Mystery Tour. Diferentemente de Porto Alegre, aqui ele não convidou ninguém a subir ao palco. Mas abusou do português, com frases lidas numa tela à sua frente, entre elas “Boa noite, São Paulo”, “Obrigado, paulistas”, “E aí, galera?”, “Tudo ótimo” ou “Esta noite, eu vou tentar falar português. Mas vou falar mais em inglês”.
Momentos de destaque do show também foram falados em português, como quando ele cantou My Love. “Fiz essa música para a minha gatinha, Linda. Mas hoje a música é para os namorados”. Ou, ainda, quando homenageou John Lennon. “Escrevi essa música para meu amigo John”, ele disse, antes de cantar Here Today, do álbum Tug of War, de 1982. McCartney também reservou espaço para homenagear o outro amigo beatle, George Harrison, cantando Something, canção de autoria de Harrison.
Interação com a plateia
Enquanto John Lennon era mais introspectivo, Paul McCartney sempre foi considerado o mais carismático dos Beatles. No domingo, ele provou isso ao interagir o tempo inteiro com a plateia quando, por exemplo, ao final de Hey Jude, pediu, em português, para apenas os homens cantarem e depois só as mulheres. Outro exemplo foi quando resolveu, de improviso, fazer uma canção com o nome de São Paulo. Foram quase dois minutos de solos acompanhado do coro da plateia cada vez que ele dizia: “Ê, ô, São Paulo”.
Num outro momento, Paul se virou para a plateia nas arquibancadas do lado direito e disse: “Estão gostando?”. O público foi ao delírio. Depois, ele virou para o lado esquerdo e perguntou: “E vocês do lado de cá? Estão aproveitando o show? Eu estou adorando”. A cada canção, o ex-beatle não perdia a oportunidade de fazer uma brincadeira. Antes de tocar Ob-La-Di, Ob-La-Da, ele disse, em inglês: “Essa é uma canção que todos já cantaram alguma vez na vida, mesmo que escondidos. Agora, é o momento de cantar comigo. Vamo lá, se soltem”. Pouco depois, astro e público cantaram juntos no clássico refrão “She love’s you, yeah, yeah, yeah”. E o ex-beatle acrescentou um “I love you, yeah, yeah, yeah”.
Paul McCartney gosta, também, de não alterar os arranjos originais de suas canções. Para alguns músicos que já estão há longo tempo na estrada, tocar as mesmas canções, com os mesmos arranjos originais, é cansativo. Para ele, não é assim. All My Loving, Drive My Car e And I Love Her, escritas na década de 60, foram executadas com o mesmo arranjo e frescor que tiveram quando foram compostas, há 40 anos. A banda que acompanhou o astro mundial também não decepcionou. Os músicos dessa turnê já tocam com o ex-beatle há mais de dez anos.
O destaque foi o baterista Abe Laboriel Jr., que mantinha sua batida forte e marcante com simpatia e sorrisos. “Você gostaram de ver Abe dançando?”, perguntou McCartney para a plateia. Além de Laboriel Jr., também estavam no palco Paul Wix Wickens (teclado), Brain Ray (guitarra e baixo) e Rusty Anderson (guitarra). Ou seja, Paul McCartney se apresentou em quarteto. Como ele adorava fazer com os velhos amigos do Fab Four.
O repertório da apresentação de domingo foi praticamente igual ao de Porto Alegre, sendo que na capital gaúcha ele tocou uma música a mais, Ram On, que em São Paulo ficou de fora. McCartney não é do tipo que faz mudanças drásticas no setlist. Às vezes, ele se dá ao luxo de mudar uma coisa ou outra, como fez na Argentina, onde abriu o show com Magical Mystery Tour. Diferentemente de Porto Alegre, aqui ele não convidou ninguém a subir ao palco. Mas abusou do português, com frases lidas numa tela à sua frente, entre elas “Boa noite, São Paulo”, “Obrigado, paulistas”, “E aí, galera?”, “Tudo ótimo” ou “Esta noite, eu vou tentar falar português. Mas vou falar mais em inglês”.
Momentos de destaque do show também foram falados em português, como quando ele cantou My Love. “Fiz essa música para a minha gatinha, Linda. Mas hoje a música é para os namorados”. Ou, ainda, quando homenageou John Lennon. “Escrevi essa música para meu amigo John”, ele disse, antes de cantar Here Today, do álbum Tug of War, de 1982. McCartney também reservou espaço para homenagear o outro amigo beatle, George Harrison, cantando Something, canção de autoria de Harrison.
Interação com a plateia
Enquanto John Lennon era mais introspectivo, Paul McCartney sempre foi considerado o mais carismático dos Beatles. No domingo, ele provou isso ao interagir o tempo inteiro com a plateia quando, por exemplo, ao final de Hey Jude, pediu, em português, para apenas os homens cantarem e depois só as mulheres. Outro exemplo foi quando resolveu, de improviso, fazer uma canção com o nome de São Paulo. Foram quase dois minutos de solos acompanhado do coro da plateia cada vez que ele dizia: “Ê, ô, São Paulo”.
Num outro momento, Paul se virou para a plateia nas arquibancadas do lado direito e disse: “Estão gostando?”. O público foi ao delírio. Depois, ele virou para o lado esquerdo e perguntou: “E vocês do lado de cá? Estão aproveitando o show? Eu estou adorando”. A cada canção, o ex-beatle não perdia a oportunidade de fazer uma brincadeira. Antes de tocar Ob-La-Di, Ob-La-Da, ele disse, em inglês: “Essa é uma canção que todos já cantaram alguma vez na vida, mesmo que escondidos. Agora, é o momento de cantar comigo. Vamo lá, se soltem”. Pouco depois, astro e público cantaram juntos no clássico refrão “She love’s you, yeah, yeah, yeah”. E o ex-beatle acrescentou um “I love you, yeah, yeah, yeah”.
Paul McCartney gosta, também, de não alterar os arranjos originais de suas canções. Para alguns músicos que já estão há longo tempo na estrada, tocar as mesmas canções, com os mesmos arranjos originais, é cansativo. Para ele, não é assim. All My Loving, Drive My Car e And I Love Her, escritas na década de 60, foram executadas com o mesmo arranjo e frescor que tiveram quando foram compostas, há 40 anos. A banda que acompanhou o astro mundial também não decepcionou. Os músicos dessa turnê já tocam com o ex-beatle há mais de dez anos.
O destaque foi o baterista Abe Laboriel Jr., que mantinha sua batida forte e marcante com simpatia e sorrisos. “Você gostaram de ver Abe dançando?”, perguntou McCartney para a plateia. Além de Laboriel Jr., também estavam no palco Paul Wix Wickens (teclado), Brain Ray (guitarra e baixo) e Rusty Anderson (guitarra). Ou seja, Paul McCartney se apresentou em quarteto. Como ele adorava fazer com os velhos amigos do Fab Four.
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