terça-feira, 26 de junho de 2012

Beatles são culpados pelo aumento do consumo de drogas, diz agência russa antinarcóticos



Fonte: Opera Mundi

Os Beatles voltaram a ser vítimas da política de guerra contra as drogas nesta segunda-feira (25/06). Desta vez, o ataque partiu do chefe da agência russa antinarcóticos, Yevgeny Bryun, que alegou durante uma entrevista coletiva que um suposto aumento mundial do consumo recreativo de substâncias alucinógenas seria culpa da propaganda negativa feita pelo grupo musical ao longo da década de 1960.

"Depois que os Beatles foram ampliar sua espiritualidade nos ashrams da Índia, eles introduziram essa ideia (de mudar o estado psíquico de uma pessoa por meio do consumo de drogas) na população”, explicou Bryun. Dessa forma, "quando os mercados perceberam que poderiam fazer negócio com (os bens associados ao prazer) foi o momento em que tudo isso provavelmente começou”.

Daí o porquê da necessidade, segundo Bryun, de medidas de combate à cultura de massa e a qualquer tipo de publicidade que faça apologia ao uso de drogas. Em 2004, Paul McCartney admitiu que os membros dos Beatles consumiram diversas substâncias narcóticas e que, mais além, experiências alucinógenas influenciaram boa parte de seu repertório musical.

Segundo o baixista e vocalista, Got To Get You Into My Life tratava de maconha e Day Tripper fazia alusão ao consumo de ácido. A mais célebre das composições narcóticas dos Beatles teria sido Lucy In The Sky With Diamonds, que faz referência ao LSD.

Músicas dos Beatles chegaram a ser banidas do território da União Soviética durante a Guerra Fria, uma vez que o Kremlin considerava suas letras como uma péssima intrusão da cultura ocidental na federação. De acordo com o jornal britânico The Telegraph, a gravadora estatal da URSS, Melodiya, chegou a anunciar que "músicos como esses, que mergulharam fundo na decadência musical, não merecem espaço nas gravações soviéticas”.

Ironicamente, o presidente russo, Vladimir Putin, é um fã declarado da banda e chegou a se encontrar em 2003 com Paul McCartney quando interpretou Back in the USSR na Praça Vermelha.

domingo, 17 de junho de 2012

Sir Paul, 70 anos e esbanjando jovialidade



Por Felipe Branco Cruz

Sir Paul McCartney, que completa 70 anos amanhã, tem muitos motivos para comemorar. Sem se prender ao passado, os anos pós-Beatles de Paul foram incrivelmente produtivos. Apenas para ficar em alguns exemplos recentes, o músico será a grande atração da cerimônia de abertura da Olimpíada de Londres, no dia 27 de julho. Há duas semanas, no começo deste mês, cerca de 70 mil pessoas assistiram ao show que o músico fez durante o jubileu de diamante da rainha da Inglaterra, Elizabeth II. Em fevereiro, veio o mais recente disco de inéditas, Kisses on the Bottom, o 15.º álbum de sua carreira solo. E, não menos importante, casou-se pela terceira vez, em outubro do ano passado, com a socialite americana Nancy Shevell, a quem dedicou a canção My Valentine.

Em São Paulo, o pub Gillan’s Inn, na Rua Caio Prado, 47, reunirá hoje, a partir das 15h, fãs dos Beatles e de Paul para celebrar a data. O evento contará com apresentação ao vivo de bandas cover que tocarão músicas da carreira solo e do Wings. Aliás, sobre a carreira com o grupo, Paul relançou, no ano passado, o álbum Band on the Run (1974) e, neste ano, fez o mesmo com o segundo álbum solo de sua carreira, Ram (1971). O objetivo para os próximos anos é relançar toda a sua discografia.

Mesmo aos 70 anos, o compositor esbanja jovialidade. Entre 2010 e 2012, somente no Brasil, Paul fez sete shows, todos em estádios lotados e com mais de três horas de duração cada. Até para um jovem músico, uma maratona como essa não é fácil. Engana-se quem pensa que Paul prende-se ao passado dos Beatles. É inegável a importância da banda para a trajetória do músico, mas Paul ficou apenas 14% de toda sua vida ao lado de John Lennon, George Harrison e Ringo Starr. Mesmo sem se desvencilhar completamente dos Beatles, Paul deu sequência a uma bem sucedida e criativa carreira artística, com a banda Wings e projetos paralelos como The Fireman, além de parcerias com nomes como Elton John, Michael Jackson, Eric Clapton, Stevie Wonder e Elvis Costello.

Condecorado Cavaleiro do Império Britânico pela rainha Elizabeth II, premiado por Barack Obama com o Gershwin (a mais importante condecoração americana para artistas estrangeiros), homenageado com uma estrela na Calçada da Fama, e dono de vários recordes de vendas e público, ainda assim, Paul passou por maus bocados na vida pessoal. Sua primeira mulher, Linda Eastman, com quem ficou casado por 29 anos, morreu de câncer em 1998. Ele se casou de novo, com Heather Mills, em 2002, mas cinco anos mais tarde, quando se separou dela, foi condenado a pagar 32 milhões de libras pelo divórcio. Um valor altíssimo até para os padrões do músico, um dos mais ricos da Inglaterra, com uma fortuna estimada em 670 milhões de libras.

Em fevereiro, Paul declarou que havia parado de fumar maconha para dar exemplo à filha mais nova, Beatrice, então com 8 anos, fruto do relacionamento com Heather. Com Linda, o músico teve três filhos, Mary (nascida em 1969), Stella (nascida em 1971) e James (nascido em 1977). O músico também tem seis netos.

Resumir em apenas um texto os 70 anos de Paul McCartney é praticamente impossível. Seria necessário um livro inteiro para isso. Não por acaso há centenas de biografias dedicadas ao músico já lançadas. Mas, se fosse possível resumir a essência da mensagem de Paul em apenas um verso, de sua própria autoria, talvez ele seria o da canção The End: “And in the end/the love you take/is equal to the love you make” (E no final /o amor que você recebe /é igual ao amor que você dá).

De uma eterna fã, uma repaginada nos Beatles




Por Felipe Branco Cruz

O instante em que soube da morte de John Lennon, em 1980, não escapa à memória da cantora Roberta, hoje aos seus 75 anos. Ela estava no palco, em pleno show, na Nova Zelândia, quando foi avisada por uma das assessoras. “Eu pedi licença ao público e voltei ao camarim para chorar”, lembra a cantora, em conversa com o JT por telefone.

A tristeza renderia uma homenagem. “Minutos depois, voltei e cantei Imagine.” Vizinha do ex-beatle e da mulher dele, Yoko Ono, no fatídico edifício Dakota, em Nova York, Roberta sempre manteve uma relação muito próxima com os Beatles. Não é de se estranhar, portanto, que a familiaridade tenha virado inspiração, e ela acaba de gravar um álbum dedicado a músicas do quarteto, batizado de Let It Be – Roberta.

A cantora americana foi ícone das discotecas nos anos 70, famosa pelo clássico Killing Me Softly With His Song. O novo disco, no entanto, em nada lembra a era disco. Nele estão composições que englobam todas as fases dos Beatles: We Can Work It Out, passando por The Long And Winding Road e Hey Jude. Há ainda uma canção da carreira solo de George Harrison, Isn’t It a Pity, lançado em 1970 no álbum All Things Must Pass. “Decidi inclui-la porque a acho linda.”

Na voz de Roberta, as músicas dos Beatles ganharam uma roupagem mais eletrônica. Em Hey Jude, por exemplo, ela não canta os famosos “na na na na”. “Se alguém quiser ouvir o original, basta botar o discos dos Beatles para tocar”, justifica ela. O resultado agrada, principalmente porque a cantora conhece bem o quarteto.

Para Roberta, Beatles é clássico. Hoje o pop e o hip-hop também. “Para mim, música pop não é um estilo e sim, música popular. Portanto, a música pop de hoje em dia é o hip-hop. Se você pegar a lista das músicas mais tocadas nos últimos dez anos, a maioria será hip-hop”, diz ela.

Homenagem a Lennon
Em 2010, quando John Lennon completaria 70 anos, Yoko Ono convidou Roberta Flack para juntos acenderem, em Reykjavik, na Islândia, a Torre da Paz. Trata-se de alguns holofotes, instalados em 2007, que projetam um imenso feixe de luz na direção do céu. Segundo Yoko, eles significam sabedoria, cura e alegria. “Nunca tinha ido à Islândia. Foi mágico.”

De volta a Nova York, a cantora disse que é comum sentir uma forte presença de Lennon no edifício Dakota. “O prédio não é assombrado como dizem, mas se você estiver de coração e mente aberta, você sente a presença dele.”

Apesar de ser tão íntima da família Lennon, Roberta se abstém de apontar um beatle favorito. “Gosto muito das composições de Lennon e McCartney.” Não houve, segundo ela, nenhuma efeméride que a levou a lançar o disco nessa época, em que se comemora o 70.º aniversário de Paul. “Eu poderia fazê-lo em qualquer época da minha vida, porém somente agora consegui”, diz a cantora.

Para os próximos anos, Roberta Flack prepara novo tributo. “Já estou preparando um novo álbum com mais músicas dos Beatles.” Aos fãs brasileiros, por ora, ela manda um recado. “Sou fã do Brasil. Vou voltar em breve.”

sábado, 9 de junho de 2012

Liverpool celebrará 50 anos de ‘Love Me Do’ com grande homenagem aos Beatles



A cidade britânica de Liverpool se prepara para as comemorações do 50º aniversário de Love Me Do, o primeiro single dos Beatles, gravado no dia 6 de junho de 1962, e uma das músicas responsáveis por impulsionar o quarteto ao estrelato mundial.

Apesar do lendário quarteto, formado por Paul McCartney, Ringo Starr, John Lennon e George Harrison, ter se reunido em 1960, a data oficial de sua formação é celebrada dois anos depois, justamente quando o grupo se reuniu para a primeira sessão de gravação no emblemático estúdio Abbey Road.

Foi no ano de 1962 que um de seus principais integrantes entrou na banda, o baterista Ringo Starr – que segue vivo ao lado de Paul McCartney. Neste mesmo ano, o quarteto de Liverpool também lançou o pegajoso hit Love Me Do, o primeiro single do grupo, que, por sua vez, começou a fazer um enorme sucesso nas rádios do país pouco tempo depois.

Essa alegre canção, que gira em torno de dois simples acordes, transformou o Beatles em um grupo internacional. Isso porque, com Love Me Do, o grupo deixou de ser “uma banda local” para levar suas melodias para além do condado de Merseyside.

“Esse faixa (extraído do álbum de estreia Please, Please Me) foi o que tornou o grupo famoso no mundo todo”, assegurou à Agência Efe Jerry Goldman, diretor-geral da The Beatles Story, um centro que há 22 anos se dedica em narrar a evolução do quarteto de forma gráfica.

“Antes dessa canção, os Beatles eram apenas um grupo bastante popular na região (de Liverpool). No entanto, ninguém conhecia a banda fora desta cidade”, acrescentou Goldman.

Já George Martin, o lendário produtor que era apelidado de “quinto Beatle”, lembrou em alguma ocasião o curioso processo de formação de Love Me Do, que chegou a ser gravado em três vezes com bateristas diferentes.

Em princípio, o baterista era Pete Best. Ele que estava no comando das baquetas na gravação de 6 de junho de 1962, que fez parte de uma audição para EMI nos estúdios londrinos de Abbey Road, um lugar que passou a ser cultuado por qualquer fã que se preze.

No dia 4 de setembro deste mesmo ano, quando Ringo Starr já tinha substituído Best, a música foi gravada para retornar aos estúdios. Sete dias depois, o grupo voltou aos estúdios para uma nova gravação, agora com Andy White na bateria e Starr restrito a uma meia-lua.

The Beatles Antology, um documentário de oito episódios, três álbuns e um livro monográfico, explica que esse singles foi um dos primeiros escritos pela célebre dupla Lennon e McCartney, embora este último assuma a autoria de mais estrofes.

Dada a relevância da banda, 2012 será um ano especial para Liverpool, que homenageia seus quatro filhos ilustres com uma série de atividades comemorativas.

Os atos previstos destacam a participação da Royal Philarmonic Orquestra, que interpretará temas de Lennon e McCartney, e do mítico clube The Cavern, que deverá ser oficialmente tombado. A casa de show onde o quarteto “nasceu” ainda apresentará uma série de show em tributo.

Outro clássico de Liverpool, o festival anual de Matthew Street, realizado no final de agosto, deverá exaltar e rememorar algumas das principais músicas dos Beatles.

Mas, apesar de todos os mitérios e indefinições, a principal comemoração será realizada no dia 5 de outubro, a mesma data em que Love Me Do chegou ao mercado.

Essa canção chegou ao posto de 17º nas listas de sucessos do Reino Unido após seu lançamento e, em 1964, já aparecia no topo das paradas americanas.

Com 13 álbuns de estúdio, uma recopilação, 13 EP’s (um deles duplo) e 22 singles em apenas oito anos de carreira (1962-1970), a “poção” mágica que transformou os Beatles em verdadeiros ícones da música internacional foi “a mistura entre música e personalidade”, aponta Goldman.

A trajetória do grupo mais famoso do mundo começava a chegar ao fim meses depois da conclusão da gravação de seu décimo segundo álbum de estúdio, Abbey Road (16 de setembro de 1969), quando os quatro músicos já estavam envolvidos em projetos solos.

O encarregado de anunciar a separação da banda foi McCartney, que emitiu um comunicado há 42 anos, no dia 10 de abril de 1970, para explicar que os quatro meninos de Liverpool já não voltariam a tocar juntos.

Fonte: Combate Rock

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