domingo, 17 de junho de 2012

Sir Paul, 70 anos e esbanjando jovialidade



Por Felipe Branco Cruz

Sir Paul McCartney, que completa 70 anos amanhã, tem muitos motivos para comemorar. Sem se prender ao passado, os anos pós-Beatles de Paul foram incrivelmente produtivos. Apenas para ficar em alguns exemplos recentes, o músico será a grande atração da cerimônia de abertura da Olimpíada de Londres, no dia 27 de julho. Há duas semanas, no começo deste mês, cerca de 70 mil pessoas assistiram ao show que o músico fez durante o jubileu de diamante da rainha da Inglaterra, Elizabeth II. Em fevereiro, veio o mais recente disco de inéditas, Kisses on the Bottom, o 15.º álbum de sua carreira solo. E, não menos importante, casou-se pela terceira vez, em outubro do ano passado, com a socialite americana Nancy Shevell, a quem dedicou a canção My Valentine.

Em São Paulo, o pub Gillan’s Inn, na Rua Caio Prado, 47, reunirá hoje, a partir das 15h, fãs dos Beatles e de Paul para celebrar a data. O evento contará com apresentação ao vivo de bandas cover que tocarão músicas da carreira solo e do Wings. Aliás, sobre a carreira com o grupo, Paul relançou, no ano passado, o álbum Band on the Run (1974) e, neste ano, fez o mesmo com o segundo álbum solo de sua carreira, Ram (1971). O objetivo para os próximos anos é relançar toda a sua discografia.

Mesmo aos 70 anos, o compositor esbanja jovialidade. Entre 2010 e 2012, somente no Brasil, Paul fez sete shows, todos em estádios lotados e com mais de três horas de duração cada. Até para um jovem músico, uma maratona como essa não é fácil. Engana-se quem pensa que Paul prende-se ao passado dos Beatles. É inegável a importância da banda para a trajetória do músico, mas Paul ficou apenas 14% de toda sua vida ao lado de John Lennon, George Harrison e Ringo Starr. Mesmo sem se desvencilhar completamente dos Beatles, Paul deu sequência a uma bem sucedida e criativa carreira artística, com a banda Wings e projetos paralelos como The Fireman, além de parcerias com nomes como Elton John, Michael Jackson, Eric Clapton, Stevie Wonder e Elvis Costello.

Condecorado Cavaleiro do Império Britânico pela rainha Elizabeth II, premiado por Barack Obama com o Gershwin (a mais importante condecoração americana para artistas estrangeiros), homenageado com uma estrela na Calçada da Fama, e dono de vários recordes de vendas e público, ainda assim, Paul passou por maus bocados na vida pessoal. Sua primeira mulher, Linda Eastman, com quem ficou casado por 29 anos, morreu de câncer em 1998. Ele se casou de novo, com Heather Mills, em 2002, mas cinco anos mais tarde, quando se separou dela, foi condenado a pagar 32 milhões de libras pelo divórcio. Um valor altíssimo até para os padrões do músico, um dos mais ricos da Inglaterra, com uma fortuna estimada em 670 milhões de libras.

Em fevereiro, Paul declarou que havia parado de fumar maconha para dar exemplo à filha mais nova, Beatrice, então com 8 anos, fruto do relacionamento com Heather. Com Linda, o músico teve três filhos, Mary (nascida em 1969), Stella (nascida em 1971) e James (nascido em 1977). O músico também tem seis netos.

Resumir em apenas um texto os 70 anos de Paul McCartney é praticamente impossível. Seria necessário um livro inteiro para isso. Não por acaso há centenas de biografias dedicadas ao músico já lançadas. Mas, se fosse possível resumir a essência da mensagem de Paul em apenas um verso, de sua própria autoria, talvez ele seria o da canção The End: “And in the end/the love you take/is equal to the love you make” (E no final /o amor que você recebe /é igual ao amor que você dá).

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