Se John Lennon estivesse vivo para comemorar seu aniversário de 70 anos, Yoko Ono crê que ele estaria mais tranqüilo do que quando completou 40. "Não posso acreditar que vou ter 40 anos!", teria dito o ex-Beatle, segundo Yoko. "Eu disse, 'John, John, ter 40 anos não é tão ruim, sabia?'".
Infelizmente, esse foi o último ano de sua vida. Lennon foi assassinado a tiros em 8 de dezembro de 1980, quase três meses depois de fazer 40 anos. Nas três décadas seguintes, Ono tem trabalhado incansavelmente por manter vivo o legado do ex-Beatle, inclusive às vésperas de seu 70º aniversário neste sábado.
Oito dos discos de Lennon foram remasterizados e foram relançados esta semana separadamente e em forma de duas coletâneas. Também será lançada uma versão restaurada de Ono e Lennon de "Double Fantasy", de 1980.
Outros projetos incluem a edição comemorativa "Box of Vision", com discos e materiais impressos, um concerto com participação de diversos artistas, um filme sobre sua juventude - "Nowhere Boy" (que estréia no Brasil em dezembro) e a exibição do documentário "LennonNYC", no Central Park no dia de seu aniversário.
Ono deve passar a data na Islândia, onde fará um show com a Plastic Ono Band. Lá, deve inaugurar a torre Imagine Peace, em homanegem ao ex-Beatle. Em uma entrevista recente, a artista de 77 anos falou de sua missão de manter a memória de Lennon viva.
John Lennon era um músico e um ativista político. Existe um número suficiente de artistas tentanto causar impacto social hoje em dia?
Claro, eles estão todos fazendo isso. É ótimo. Quando John e eu começamos a fazer isto, você sabe, estávamos olhando em volta: "Somos os únicos?". Mas agora eu acho que existem tantos músicos, todos muito bons, um tipo forte de ativistas. Todos eles. É ótimo.
Como você acha que estaria John na confusão que o mundo vive hoje?
Ele estaria completamente furioso... Ele se sentira como se quisesse correr para algum lugar e bater em alguém, estrangular alguém, sabe? Mas aí eu penso, tenho certeza que ele teria relaxaria e decidiria que continuaria sendo um ativista. Nós realmente precisamos fazer algo. Senão todos nós explodiremos juntos.
O que você achou de "Nowhere Boy"?
Bom, primeiro eu fiquei durpresa porque a diretora (Sam Taylor-Wood) é linda, digo, fisicamente muito bonita, uma pessoa jovem... Mas aí ela fez o filme e fez muito bem. Este é seu primeiro filme. Incrível, não é? Ela é como um milagre. E todas as atuações foram muito boas. E eu fiquei surpresa, porque esta é a primeira vez que alguém - bem, eles podem ter lido livros sobre isso - mas alguém entendeu a infância de Lennon. Tão dolorosa, tão dolorosa para ele. Fiquei muito grata que Sam Taylor-Wood tenha feito este filme tão verdadeiro.
Daqui cem anos, o que você espera que as pessoas saibam sobre Lennon?
Em primeiro lugar, não tenho certeza se estarei aqui para ver. As coisas estão mudando tanto no mundo que parece que vamos viver o tanto que queremos. E ainda John pode voltar. Não sabemos de nada. Então, não posso responder esta pergunta.
Como você decidiu as músicas que estão nas coletâneas?
A única coisa em que eu provavelmente tenho algo a ver é com a exclusão de Two Virgins e Life With the Lions porque elas são como que vanguarditas... Eu queria apresentar John como um roqueiro incrível e especial. E ele mergulhou em coisas vanguardistas e tudo bem, mas tinha muito de mim lá, então eu pensei "Bem, não vamos incluí-las."
O que significa para você ouvir "Woman" tanto tempo depois?
Claro que fico lisonjeada que ele a tenha escrito. Mas ao mesmo tempo, eu estava com ele. Eu tinha sorte. Muitos pintores retratam suas esposas, o que pode ser medíocre de uma certa forma, não sei. Foi o que ele fez com a música, provavelmente inspirado em mim. Mas eu acho que ele está falando de todas as mulheres, e a mensagem é importante.
Você ainda coloca as músicas dele para tocar?
Eu ouvi a música dele quase todos os dias nos últimos 30 anos por causa de compromissos e motivos de negócios. Mas não é algo tranqüilo de se fazer. Eu não ouço as músicas dele para relaxar, porque é doloroso para mim.
Infelizmente, esse foi o último ano de sua vida. Lennon foi assassinado a tiros em 8 de dezembro de 1980, quase três meses depois de fazer 40 anos. Nas três décadas seguintes, Ono tem trabalhado incansavelmente por manter vivo o legado do ex-Beatle, inclusive às vésperas de seu 70º aniversário neste sábado.
Oito dos discos de Lennon foram remasterizados e foram relançados esta semana separadamente e em forma de duas coletâneas. Também será lançada uma versão restaurada de Ono e Lennon de "Double Fantasy", de 1980.
Outros projetos incluem a edição comemorativa "Box of Vision", com discos e materiais impressos, um concerto com participação de diversos artistas, um filme sobre sua juventude - "Nowhere Boy" (que estréia no Brasil em dezembro) e a exibição do documentário "LennonNYC", no Central Park no dia de seu aniversário.
Ono deve passar a data na Islândia, onde fará um show com a Plastic Ono Band. Lá, deve inaugurar a torre Imagine Peace, em homanegem ao ex-Beatle. Em uma entrevista recente, a artista de 77 anos falou de sua missão de manter a memória de Lennon viva.
John Lennon era um músico e um ativista político. Existe um número suficiente de artistas tentanto causar impacto social hoje em dia?
Claro, eles estão todos fazendo isso. É ótimo. Quando John e eu começamos a fazer isto, você sabe, estávamos olhando em volta: "Somos os únicos?". Mas agora eu acho que existem tantos músicos, todos muito bons, um tipo forte de ativistas. Todos eles. É ótimo.
Como você acha que estaria John na confusão que o mundo vive hoje?
Ele estaria completamente furioso... Ele se sentira como se quisesse correr para algum lugar e bater em alguém, estrangular alguém, sabe? Mas aí eu penso, tenho certeza que ele teria relaxaria e decidiria que continuaria sendo um ativista. Nós realmente precisamos fazer algo. Senão todos nós explodiremos juntos.
O que você achou de "Nowhere Boy"?
Bom, primeiro eu fiquei durpresa porque a diretora (Sam Taylor-Wood) é linda, digo, fisicamente muito bonita, uma pessoa jovem... Mas aí ela fez o filme e fez muito bem. Este é seu primeiro filme. Incrível, não é? Ela é como um milagre. E todas as atuações foram muito boas. E eu fiquei surpresa, porque esta é a primeira vez que alguém - bem, eles podem ter lido livros sobre isso - mas alguém entendeu a infância de Lennon. Tão dolorosa, tão dolorosa para ele. Fiquei muito grata que Sam Taylor-Wood tenha feito este filme tão verdadeiro.
Daqui cem anos, o que você espera que as pessoas saibam sobre Lennon?
Em primeiro lugar, não tenho certeza se estarei aqui para ver. As coisas estão mudando tanto no mundo que parece que vamos viver o tanto que queremos. E ainda John pode voltar. Não sabemos de nada. Então, não posso responder esta pergunta.
Como você decidiu as músicas que estão nas coletâneas?
A única coisa em que eu provavelmente tenho algo a ver é com a exclusão de Two Virgins e Life With the Lions porque elas são como que vanguarditas... Eu queria apresentar John como um roqueiro incrível e especial. E ele mergulhou em coisas vanguardistas e tudo bem, mas tinha muito de mim lá, então eu pensei "Bem, não vamos incluí-las."
O que significa para você ouvir "Woman" tanto tempo depois?
Claro que fico lisonjeada que ele a tenha escrito. Mas ao mesmo tempo, eu estava com ele. Eu tinha sorte. Muitos pintores retratam suas esposas, o que pode ser medíocre de uma certa forma, não sei. Foi o que ele fez com a música, provavelmente inspirado em mim. Mas eu acho que ele está falando de todas as mulheres, e a mensagem é importante.
Você ainda coloca as músicas dele para tocar?
Eu ouvi a música dele quase todos os dias nos últimos 30 anos por causa de compromissos e motivos de negócios. Mas não é algo tranqüilo de se fazer. Eu não ouço as músicas dele para relaxar, porque é doloroso para mim.
Fonte: Estadão
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