Fonte: G1
Advogados dos Beatles processaram nesta sexta (21) uma gravadora dos Estados Unidos para evitar a distribuição de gravações inéditas dos Fab Four supostamente feitas durante a estréia de Ringo Starr no grupo, em 1962.
A disputa entre a Apple Corps, empresa de Londres formada pelos Beatles para zelar pelo legado da banda, e a Fuego Entertainment, de Miami, surgiu aparentemente por causa de uma gravação do grupo realizada em um show no Star Club, em Hamburgo, na Alemanha.
Acredita-se que oito músicas inéditas estão entre as gravações, incluindo uma faixa em que Paul McCartney canta “Lovesick blues”, de Hank Williams, e outra em que Macca faz dueto com Lennon em “Ask me why”.
A Apple Corps informa que as gravações foram feitas sem o consentimento do grupo e que a Fuego e as empresas do grupo - Echo-Fuego Music Group LLC e Echo-Vista Inc. – não têm o direito de distribuí-las.
Baixa qualidade?
“Isso mais parece uma gravação de fundo de quintal”, declarou Paul LiCalsi, procurador da Apple Corps. A Fuego Entertainment, por sua vez, alega que as gravações foram feitas legalmente. “Elas não são clandestinas”, retrucou o presidente Hugo Cancio. “Não é como hoje, que você chega com um celular e grava.”
O processo aponta que as gravações são de baixa qualidade e que a sua circulação “dilui e mancha a extraordinariamente valiosa imagem associada aos Beatles”.
Cancio afirmou que ainda não recebeu a cópia do processo, mas que não esperava um pedido de US$ 15 milhões em indenização. “Estou surpreso, porque há algumas semanas estávamos conversando com a Apple de boa fé.”
A representação também cita Jeffrey Collins, parceiro de Cancio, como a pessoa que obteve as canções. Não está claro como Collins conseguiu as músicas.
Cancio pretendia distribuir as faixas no disco “Jammin com Beatles e amigos, Star Club, Hamburgo, 1962.”
“É triste que milhões de fãs dos Beatles não possam ter acesso a essas gravações. O mundo merece ouvi-las", disse. “O fato é que nós as temos, eles não; e isso é o que os incomoda.”
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