quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
This is Love de George Harrison em vídeo e áudio remasterizado
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Beatles chegam à era digital dentro de uma maçã
Fonte: O Globo
sábado, 31 de outubro de 2009
Vettel gasta quase R$ 7 mil em disco dos Beatles
Fonte: Terra
domingo, 13 de setembro de 2009
Rock Band aprovado por John Lennon
que traz 45 canções do grupo de Liverpool
Por: Felipe Branco Cruz, do Jornal da Tarde
A última quarta-feira foi um dia incomum. Pelo menos para os beatlemaníacos, que viram na cabalística data 09/09/09 um marco: o lançamento do jogo "Rock Band: Beatles" e da discografia completa da banda, remasterizada. O JT não deixou a data passar em branco e convidou Fábio Colombini, cover de John Lennon, do grupo Beatles 4 Ever, para incorporar o Lennon virtual e dar sua opinião sobre o game.
O teste, feito com o console X Box 360, aconteceu na loja UZ Games, no Shopping Ibirapuera, e o veredicto foi dos melhores. “É impressionante o nível de fidelidade com que os gráficos reproduzem momentos-chave da carreira do grupo. Os produtores perceberam que não podiam vacilar com os fãs e capricharam.”
Nos Estados Unidos, o jogo vem acompanhado de instrumentos que reproduzem os clássicos modelos utilizados pela banda, como a guitarra Rickenbacker 325, de Lennon, e o baixo Höfner, de Paul McCartney. No Brasil, as peças só estarão disponíveis em 2010. O teste acabou sendo feito, então, com outra guitarra – o que não impediu a diversão.
Vestido com um terninho preto semelhante ao usado pelos membros do grupo no início da carreira, Colombini começou o jogo tocando "Twist And Shout" e "Boys". Mesmo já familiarizado com o estilo do game, o nosso Lennon preferiu não arriscar e escolheu o módulo fácil. Depois de dez notas seguidas sem erro, ele esboçou o primeiro sorriso. O resultado surpreendeu: 98% de aprovação.
No total, são 45 canções, que passam por todas as fases da carreira dos Beatles. A cada música, há um cenário diferente e significativo, como, por exemplo, o Cavern Club, os estúdios Abbey Road, o programa de TV Ed Sulivan Show, o Shea Stadium e até o teto da sede da gravadora Apple, onde a banda fez a sua última apresentação.
Entre uma música e outra, Colombini soltava comentários do tipo “a reprodução da mesa de som é idêntica à de Abbey Road” ou “a forma como Ringo pega nas baquetas e a desliza na bateria é assustadoramente igual”.
Uma característica do novo jogo que o diferencia dos outros da série Rock Band é a falta das vaias. Nos anteriores, quando um jogador tocava muito mal, o público vaiava. Como não pega bem vaiar os Beatles, os produtores acharam melhor retirar o efeito.
Mudando o traje para a farda verde de Lennon em Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, Colombini foi ao nível médio para interpretar "Lucy in The Sky With Diamonds" e "I Am The Walrus". “Não dá para aprender a tocar guitarra com o jogo, mas percebi que os produtores tiveram o cuidado de manter os mesmos acordes.” O game funciona assim: as notas são representadas por cores e o jogador precisa apertar a tecla com a cor correspondente na guitarra no mesmo momento em que é passada no televisor.
Para se despedir, Colombini mudou o figurino de novo e, com um terno branco semelhante ao utilizado por seu ídolo em Abbey Road, reproduziu "I Want You". “Eles estão no teto da Apple, foi a última apresentação do grupo”, observou o Lennon brasileiro. O ‘show’ acabou com a canção Revolution. “Uma pena não ter a bateria para tocar. Acho que ela seria o instrumento mais divertido.” Assim, ficou no ar a expectativa para o ano que vem, quando o game chegará completo ao País.
Covers num céu de diamantes
mais regravada no mundo, pode ser árduo. Mas compensa.
Ansiosamente esperado por fãs em todo o mundo, o dia chegou. É hoje, 9/09/09, o lançamento do game "Rock Band: The Beatles" e da caixa com a discografia completa da banda remasterizada digitalmente (leia abaixo). Um dos motivos para a demora em lançar os produtos seria a falta de entendimento entre os ex-integrantes vivos (Paul e Ringo), as viúvas (de John e George) e a editora responsável. Portanto, se mesmo entre eles a dificuldade é grande, como será feita a liberação dessas músicas para outros artistas? Demora? Custa caro? Beatles é uma espécie de cálice de ouro no meio musical e, por isso mesmo, não é tão fácil assim levá-los para o estúdio.
Depois de lançar o "Álbum Branco", com regravações das 30 canções do disco homônimo dos Beatles, de 1968, feitas por brasileiros, o produtor Marcelo Fróes vai colocar na praça neste mês "Beatles 69", com todas as músicas gravadas pela banda em 1969, interpretadas por Frejat, Milton Nascimento, Jota Quest, Capital Inicial e Mallu Magalhães, que cantará a inédita "How do You Do", feita por Paul McCartney, há 40 anos.
“É um processo burocrático. Mas, neste caso, respeitamos a melodia e a letra original. Quando há mudança na letra, a tendência é não autorizar”, diz Fróes.
O primeiro passo para a sonhada autorização é solicitar a liberação junto às editoras Sony e a EMI Publishing, que dividem os direitos da banda no Brasil. Segundo Fróes, há ainda o ‘fator Michael Jackson’. “Antes de 1985 era mais fácil regravar Beatles. Depois que Michael Jackson comprou parte dos direitos, a coisa virou um negócio mais lucrativo”, diz.
Na época, Michael pagou em um leilão US$ 47,5 milhões pelos direitos das músicas, mas em 1995 revendeu para a Sony 50% desses direitos. “Foi um investimento de Michael. Ele sabia que as canções poderiam render muito.” O tempo é um fator a ser levado em consideração e a autorização pode levar até um ano para sair. “Não dá para resolver gravar um disco hoje e querer enfiar nele uma música dos Beatles. Leva tempo”, diz Fróes. Ainda assim, o investimento vale a pena. Cantores como Kiko Zambianchi, que refez "Hey Jude" em 1989, e Paulo Ricardo, que regravou "Imagine", de Lennon, com a aprovação de Yoko Ono, em 2001, viram seus nomes flutuarem em um céu de diamantes.
A dupla de violonistas Duofel é bom exemplo. Só depois de oito meses de negociações eles conseguem, agora, lançar o álbum instrumental "Plays The Beatles", com canções como "Eleanor Rigby" e "Here Comes The Sun". “Para dar certo, tivemos de nos filiar à ABMI (Associação Brasileira de Músicos Independentes)”, diz o violonista Fernando Melo.
A filiação foi necessária para dar embasamento ao pedido e baratear o valor. “Teríamos de pagar R$1 mil por música. Ou seja, um disco com 11 faixas, antes mesmo de ser gravado, já teria um custo de R$11 mil”. Os discos, por este preço, só podem ser vendidos por um tempo pré-determinado e com a tiragem limitada. Quanto maior a tiragem, maior o preço. “Depois que nos filiamos, o preço caiu para R$ 100 por música.”
A dupla contou ainda com uma forcinha do jornalista da Globo, Mauricio Kubrusly. Ele escreveu um bilhete para a editora, com argumentos favoráveis à banda. “Quando a autorização saiu, tivemos uma sensação de vitória.”
Caso uma banda queira apenas interpretar as canções em shows e não gravá-las, o processo é bem mais simples. Basta pagar uma taxa ao Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) que irá repassar os direitos autorais, como faz com todos os artistas. A banda cover "Beatles 4Ever", no entanto, quer mais do que isso. Eles pretendem lançar um DVD recriando momentos dos Beatles nos estúdios Abbey Road, em Londres. “Já temos material gravado, mas está tudo aguardando a sonhada liberação”, diz Fábio Colombini, o John Lennon do grupo.
A banda está otimista e acredita ser mais difícil conseguir gravar no Brasil Raul Seixas e Roberto Carlos do que Beatles. “Não se trata de uma questão de pagar mais caro ou mais barato pelas músicas da banda. A editora analisa se o projeto é uma coisa séria e se não vai deturpar a obra original do artista.”
Quando há uma mudança da letra, a liberação pode demorar anos. Foi o que aconteceu com Rita Lee, que mudou completamente "I Want to Hold Your Hand", que virou "A Cabra e o Bode". A música só foi gravada este ano, depois de 8 anos de espera. Final menos feliz teve Lulu Santos, que depois de gravar "Lá vem o Sol", versão de "Here Comes the Sun", na década de 80, viu sua canção ser cassada pelo autor George Harrison. Recentemente, Lulu iria regravar a versão para colocá-la na trilha sonora da novela "Caminho das Índias" e não pode por dois motivos: os Beatles não querem mais suas músicas usadas em trilhas sonoras de novelas e a editora de Harrison ainda mantém a restrição a Lulu Santos.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
I am the walrus
Adoro essa música lisérgica e nonsense dos Beatles. Sobre ela, a Wikipedia diz: "John Lennon escreveu parte da letra, segundo ele, em duas distintas "viagens" de ingestão de drogas. Alguns versos foram escritos após John Lennon ler que um professor de sua antiga escola, Quarry Bank Grammar School, estava utilizando as letras das músicas dos Beatles para as aulas de inglês. Então ele escreveu alguns versos totalmente sem sentido para confundir os que fossem utilizar esta canção para análise."
Um gaiato resolveu traduzir a canção ao pé da letra para português. O resultado foi esse engraçado vídeo.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Duofel plays The Beatles
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Livro disseca solo por solo, música por música, álbum por álbum
Muitos livros já foram publicados sobre os Beatles abrangendo praticamente tudo. Desde fofocas e brigas até análises em profundidade das gravações no estúdio Abbey Road, em Londres. Então, por que lançar mais um? Isney Savoy, da editora Larousse, responde: “O foco agora não são as intrigas. O trabalho faz análise inédita apenas da música.” O livro em questão é o "The Beatles – Gravações Comentadas e Discografia Completa", lançado pela Larousse.
Escrito pelo britânico Jeff Russel, nascido em Liverpool, cuja a vida foi praticamente dedicada a pesquisas sobre o grupo, o livro apresenta a discografia completa, com notas dos bastidores das gravações. São informações sobre cada canção lançada oficialmente, os títulos, as faixas (com a duração), as datas de lançamento, os créditos dos compositores e comentários sobre cada faixa. Na introdução, Russel justifica sua pesquisa. “Não há nada mais a ser dito? Ao contrário. Muito ainda pode ser dito sobre a razão de ser dos Beatles. Sua música e, sobretudo, seus álbuns.”
Durante anos os mesmos álbuns que eram lançados no Reino Unido saíam em outros países retalhados pelas gravadoras que mudavam o desenho da capa, a sequência das canções e até cortavam músicas para lançar dois LPs em vez de um e faturar mais. A prática foi comum nos Estados Unidos e no Brasil. Por isso, Isney Savoy, de 57 anos, fã da banda, foi recrutado para incluir na obra um capítulo com a discografia brasileira. “Os álbuns dos Beatles no Brasil tiveram algumas particularidades. Por isso, os discos lançados por aqui são raridades”, diz Savoy, que começou a ouvir Beatles quanto tinha apenas 12 anos.
Dentre as características dos álbuns brasileiros está uma falha na canção "Penny Lane", no álbum "The Beatles Forever", de julho de 1972, lançado apenas por aqui como uma coletânea aleatória que reúne músicas de "Magical Mystery Tour" e outras faixas de compactos duplos. A falha mostra um corte brusco após o verso “Full of fish and fingerpies”. “Foi uma falha no disco matriz recebido da Inglaterra. Como os brasileiros achavam que os Beatles faziam coisas inovadoras, acharam que a falha era proposital”, explica Savoy.
Graças a essas mudanças feitas pelas gravadoras de outros países, os Beatles passaram a exigir que seus álbuns fossem lançados da mesma forma no mundo inteiro. “Eles criaram o conceito de álbum, com as canções seguindo uma sequência. Antes, cada país incluía as músicas em qualquer ordem, de acordo com o que eles imaginavam que o mercado local gostaria mais”, diz. Uma das exigências da banda era que nunca fossem lançadas coletâneas. Recomendação ignorada no Brasil, já que por aqui foram lançados títulos como "Juventude em Brasa", "O Mundo em Suas Mãos – Vol. 3" e "Ídolos da Juventude – Vol. 2", todos de 1965.
Contra o retalhamento feito nos Estados Unidos, a banda decidiu protestar e a capa do disco "The Beatles Yesterday and Today" (lançado apenas nos Estados Unidos em junho de 1966) saiu com eles vestidos de açougueiros segurando pedaços de carne e bonecas decapitadas. O público reagiu e não gostou, tanto que a capa foi substituída por outra mais comportada. O exemplar é hoje extremamente cobiçado entre os fãs da banda.
Em seguida, a banda lançou "Revolver", em agosto de 1966. O livro conta uma curiosidade do trabalho. Na canção de abertura, "Taxman", quem toca o solo de guitarra não é George Harrison, mas sim Paul McCartney (apesar da canção ser de autoria de Harrison). Na última do álbum, "Tomorrow Never Knows", o mesmo solo de "Taxman" é executado de trás para frente, por Harrison.
O livro abre com a história do primeiro álbum da banda, batizado de "The Early Tapes of the Beatles", gravado em Hamburgo, Alemanha, em 1961. Eles tocam seis canções com o cantor Tony Sheridan, mas uma outra banda também aparece no LP, a "The Beat Brothers".
No dia 9/9/2009, a história da banda será ‘passada a limpo’
Para o fã médio de Beatles, pouco importa se uma canção foi lançada com ‘overdubs’ no disco tal e, anos depois, relançada na forma crua em uma coletânea especial. O que dificulta ainda mais para quem quer ter a coletânea é entender quais são realmente os títulos e canções lançadas originalmente pela banda no Reino Unido e, claro, se esses discos estão disponíveis para a compra.
Para alegria desses fãs (e também dos fanáticos), no próximo dia 9 de setembro, a EMI lançará o catálogo completo da banda remasterizado. A data coincide com o lançamento mundial do game ‘Beatles Rock Band’.
A coleção compreenderá os 12 álbuns, que serão lançados com a arte original do Reino Unido, além da trilha sonora de ‘Magical Mystery Tour’. A coletânea ‘Past Masters Vol. 1 e 2’, será compilada em apenas um disco. Ao todo, a caixa trará 16 CDs. Os álbuns estarão disponíveis para compra em uma caixa especial. O valor do mimo ainda não foi definido pela EMI.
Dentro da caixa de cada CD, os encartes incluirão observações históricas, junto com notas informativas sobre a gravação. Cada disco trará gravado em formato Quick Time (para ser assistido no computador) um mini documentário e fotografias do grupo durante as gravações. Uma das novidades desta remasterização será o lançamento dos primeiros álbuns da banda em estéreo. Os originais haviam sido lançados apenas em mono. Para os fanáticos, uma segunda caixa será lançada contendo as gravações em mono.
Ele fez do cinema a sua escola
Escritor David Gilmour conta ao JT como educou
seu filho rebelde apenas vendo bons filmes
O canadense David Gilmour, autor de "O Clube do Filme", não imaginava que o livro fosse capaz de vender meia dúzia de cópias na vizinhança, quanto mais estar entre os mais vendidos do Brasil, Canadá e Alemanha. “Todo mundo gosta de uma boa história e acho que é isso que os leitores encontram no meu livro”, diz. “Nunca sabemos o que vai dar certo. Apenas acontece. É um mistério.”
A tal boa história surgiu da relação pessoal entre ele e seu filho Jesse. Quando tinha apenas 16 anos, o menino acumulava notas baixas e diversas reprovações. Sem saber o que fazer, o pai decidiu tomar uma drástica decisão: deixá-lo abandonar a escola com a condição de assistir semanalmente a três filmes que o pai escolhesse – e o garoto não poderia sair da frente da TV até que o longa terminasse.
“Disse ao Jesse que ele poderia dormir até tarde e fazer o que quisesse, mas teria de ver os filmes. E, se ele se envolvesse com drogas, o acordo estava cancelado”, conta o autor, que está no Brasil com o filho e conversou com o JT ontem, no Parque do Ibirapuera, com exclusividade.
“Li os originais do livro antes de meu pai entregá-los à editora. No primeiro momento, fiquei horrorizado, porque a obra falava muito da minha vida pessoal, meu envolvimento com drogas e desilusões amorosas”, conta Jesse. E tratar desses temas de forma natural, segundo Gilmour, é um dos objetivos do Clube do Filme. “O livro fala da relação entre um pai e um filho, não sobre cinema. Aquele foi um período muito importante para Jesse, pois ele estava se transformando em um homem. E também para mim, que buscava estabilidade profissional.”
Crítico de cinema, ex-apresentador de um programa sobre o assunto na TV canadense e âncora de talk-show, Gilmour estava desempregado e com o dinheiro contado quando escreveu o livro. Por isso, pai e filho tinham muito tempo para passarem juntos. “Como eu havia sido afortunado (embora certamente não parecesse assim) por não ter um emprego, por ter tido tanto tempo livre à disposição. Dias, tardes e noites. Tempo”, escreve Gilmour em uma das passagens.
As lições que o filho aprendeu foram, assim, ensinadas por diretores e atores como Marlon Brando, Alfred Hitchcock, Stanley Kubrick, Jack Nicholson, entre outros figurões. Uma delas veio com "Interlúdio" (1946), de Hitchcock. No livro, Gilmour desafia o filho: “Pedi a Jesse que prestasse atenção em alguns detalhes do longa, como a escadaria da casa do vilão, no Rio de Janeiro. De que tamanho ela era? Quanto tempo alguém levaria para descê-la? Não expliquei o motivo da pergunta”, escreve o autor. A lição serviria mais tarde para lecionar a Jesse o que é suspense, pois Hitchcock, nas cenas finais, adicionou degraus na escada para o vilão demorar mais tempo para descer. “E você sabe por que Hitchcock é famoso? Pelo suspense”, completa.
Ao todo, a dupla assistiu, em três anos, a 350 filmes (no final da obra, há uma providencial filmografia, com todos eles). Quando Jesse completou 20 anos, o clube foi desfeito. “Uma hora, ele teria de acabar”, lamenta o pai. Jesse finalmente voltou a estudar e, claro, entrou para o ramo de cinema. Ele já escreveu, dirigiu e interpretou um curta-metragem – "The Tide" (A Maré) – e está com um roteiro pronto, vendido a alguns produtores de cinema canadense.
Do Brasil, pai e filho citam como bons filmes "O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias", "Cidade de Deus", "Central do Brasil" e "Pixote". “A ação em Cidade de Deus é fantástica. A cena da galinha, então...”, analisa o pai. Ao final da entrevista, os dois ainda comentaram que se impressionaram com o vasto conhecimento dos brasileiros sobre cinema. “Vocês realmente amam o assunto”, diz Gilmour.
Foi inevitável, portanto, o papo não acabar nas preferências cinematográficas de cada um (leia o resumo nos quadros abaixo).“'Showgirls' é o pior filme já feito. 'O Poderoso Chefão 2' é o melhor de todos os tempos. No Canadá, nosso homem é David Cronenberg, o único diretor bom do país. 'O Exorcista' é o filme mais assustador que eu já vi e um dos melhores filmes de guerra de todos os tempos é 'Apocalipse Now'”, resumiu Gilmour. O filho discordou em alguns pontos. “Hoje em dia, eu acho 'Nascido Para Matar', do Stanley Kubrick, melhor do que 'Apocalipse Now', de Francis Ford Coppola.” Então, tá.
OS FILMES DE DAVID GILMOUR
DAVID CRONENBERG
“David Cronenberg é o melhor diretor canadense. Ele é o nosso homem no cinema. Fez ‘A Mosca’, que é ótimo. Mas o melhor filme dele é ‘Uma História da Violência’, com Viggo Mortensen. Perfeito. Acho que todos os estudantes de cinema deveriam ver este filme.”
O EXORCISTA
“‘O Exorcista’ é o mais assustador filme de terror já produzido. Até hoje eu tenho calafrios. Na primeira vez em que fui ao cinema assisti-lo, saí do cinema nos primeiros 15 minutos. Na segunda, saí aos 30. Apenas na terceira vez o vi até o fim – mas com os ouvidos tampados.”
NASCIDO PARA MATAR
“Diria que ‘Nascido para Matar’, do Stanley Kubrick, é um filme sintético, não passa o real sentimento do Vietnã. Diria que existe apenas uma grande cena, quando os soldados seguem um tanque de guerra. Para mim, Kubrick fez só um longa bom, que é ‘O Iluminado’.”
SHOWGIRLS
“Não consigo imaginar um filme pior do que ‘Showgirls’. E o mais grave é que ele foi feito por um bom diretor: Paul Verhoeven (de ‘Robocop’). Um amador faria um filme melhor do que esse. É um diretor talentoso, mas fez um filme ofensivo, vulgar e nojento.”
APOCALIPSE NOW
“É uma verdadeira obra de arte, mas com um grande problema. Até Marlon Brando aparecer, o filme vai muito bem. Quando o ator surge, acaba roubando a cena, como uma tempestade. Então, o filme passa a ser só dele. O ator domina todas as cenas.”
O PODEROSO CHEFÃO II
“Entre todos os grandes filmes, ‘O Poderoso Chefão 2’ é o melhor cinema que já vi na vida. E este é o tipo de frase que só podemos dizer uma vez. É como os Beatles para a música: a banda está sempre no topo. É desta maneira que vejo ‘O Poderoso Chefão 2’.”
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Música desconhecida de John Lennon é exposta em Liverpool
terça-feira, 23 de junho de 2009
Rock Band dos Beatles
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Beatles detestavam que fãs atirassem doces nos shows
Os Beatles não gostavam que os fãs atirassem doces na banda durante os shows, segundo uma carta escrita pelo ex-guitarrista da banda, George Harrison, que será leiloada em breve.
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Catálogo original dos Beatles é remasterizado digitalmente
domingo, 29 de março de 2009
Papa Bento 16 e as camisinhas
Por: Felipe Branco Cruz
Depois do L'Osservatore Romano - o jornal do Vaticano - causar polêmica ao fazer uma resenha literária sobre o "Álbum Branco", dos Beatles, os editores do periódico abusaram novamente da criatividade e publicaram uma notícia em que diziam que a máquina de lavar fez mais pela libertação das mulheres do que a pílula anticoncepcional.
No ano passado eu entrevistei o editor chefe do L'Osservatore e ele me disse que a intenção era essa mesma: despertar a atenção dos leitores para o que se está sendo dito no jornal.
Hoje, navegando pelo jornal britânico Telegraph achei a foto acima. Uma sensacional sátira a declaração do Papa a respeito do uso da camisinha.
A camisinha existe mesmo e está sendo comercializada.
quinta-feira, 12 de março de 2009
A brasileira dos Beatles
Lizzie Bravo já gravou com os Beatles
e vai lançar um livro sobre a história.
“Quais de vocês conseguem segurar uma nota aguda?”, perguntou Paul McCartney. Lizzie Bravo, na época com apenas 15 anos, rapidamente levantou a mão. Minutos depois, ela se tornaria a única brasileira a gravar junto com os Beatles. O convite foi direcionado a um grupo de fãs que fazia vigília na porta dos estúdios Abbey Road, em Londres, onde o quarteto gravava o álbum "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", em 1967. Com o Fabfour, ela fez o backing vocal da canção "Across the Universe", versão que foi gravada no álbum "Past Masters Vol. 2". Agora, sua filha, Marya Bravo, de 37 anos, é uma das estrelas do musical "Beatles Num Céu de Diamantes", que estreia nesta sexta, em São Paulo. A canção, claro, está no musical e é interpretada por todo o elenco num dos últimos capítulos da apresentação (veja mais abaixo).
Dentro do estúdio, na fervilhante Londres da década de 60, Lizzie preferiu se conter e se comportar como profissional. “Era a minha única chance de ser algo a mais do que uma simples fã. Rimos e nos divertimos muito”, conta Lizzie, hoje uma fotógrafa e empresária de 57 anos. “Pediram para eu cantar uma canção em ‘brasileiro’, mas eu preferi não cantar. Hoje penso que talvez eu poderia ter cantado uma bossa nova.”
"Across de Universe" foi ‘lançada ao espaço’ pela Nasa, no dia 4 de fevereiro de 2008, quando completou 40 anos de gravação, em direção à estrela Polaris, a 431 anos-luz de distância da Terra. Mais tarde, Lizzie e seu grupo de amigas seriam batizadas de "Apple Scruffs" (mal ajambradas da Apple) e ganhariam até uma música, Apple Scruffs, composta por George Harrison e gravada em seu álbum solo "All Things Must Pass".
Lizzie também está escrevendo um livro para contar tudo o que passou junto aos Beatles. O trabalho, que ela considera “enorme”, ainda não tem data para ser lançado. Segundo a empresária, são mais de 200 itens, sendo 100 fotos inéditas que fez do grupo nos anos de 1967 a 1969. “São imagens supercoloridas. Eles usavam aquelas roupas espalhafatosas da época”, conta. “Transcrevi meus diários e o livro será escrito em primeira pessoa, para que todo mundo sinta a mesma coisa que senti.”
A beatlemaníaca diz que manuseia suas relíquias com luvas e não tem coragem de delegar o trabalho para ninguém. “Eu mesma estou digitalizando tudo. São peças muito raras.” Entre elas, está uma luva marcada com a poeira do carro de John Lennon, bilhetes de metrô para a Abbey Road, ingressos para shows, autógrafos e outras preciosidades.
Na apresentação de amanhã, sua filha, Marya, fará os solos das canções "While My Guitar Gently Weeps", "I Want To Hold Your Hand" e "Blackbird". A mãe, é claro, estará na plateia em todas as apresentações desse final de semana e promete ficar à disposição de quem quiser conversar e ouvir sobre como Lizzie foi parar em Londres. “Para mim, é muito simbólico”, diz Marya, atriz e cantora especializada em musicais. “Passei minha vida inteira ouvindo Beatles com a minha mãe. Ela é uma celebridade no mundo dos beatlemaníacos. É um momento especialíssimo da minha carreira.”
Já na ‘carreira’ da mãe, o momento especial começou com o pedido de uma viagem de aniversário para os pais. O motivo? Ver os Beatles em Londres. “Cheguei no dia 14 de fevereiro de 1967, encontrei com uma amiga na estação de trem, deixei minhas coisas no hotel e fui direto para a porta da EMI, na Abbey Road”, diz Lizzie. Chegando lá, para a surpresa da adolescente, logo no primeiro dia, viu os quatro entrando para gravar. “John e Ringo me cumprimentaram. Pouco depois, George e Paul saíram”, conta Lizzie, que ainda na véspera estava em sua casa, no Rio de Janeiro.
Nesta época, a banda lançou os compactos "Penny Lane/Strawberry Fields" e o álbum "Sgt. Peppers". Além dos Beatles, Lizzie conheceu Mick Jagger, do Rolling Stones, viu o show de Jimi Hendrix, no Saville Theater, com Paul tocando "Garota de Ipanema" e teve seus discos autografados pela banda. “John tinha raspado o bigode na véspera.”
A viagem que seria de apenas alguns meses foi estendida indefinidamente. “Ligava para meus pais e dizia que não voltaria nunca mais. Eles me diziam que não mandariam mais dinheiro. Aí eu arrumei um emprego”, lembra. Na capital inglesa, Lizzie trabalhou em um pequeno hotel e como babá. “Até hoje tenho contato com as meninas que ficavam lá na porta da gravadora.” Uma delas também escreveu um diário e mandou a cópia para Lizzie. “Vou incluir o que ela escreveu no meu livro.” De volta ao Brasil, trabalhou como fotógrafa e foi dona de uma editora. Depois de lançar o livro sobre os Beatles, Lizzie pretende lançar outro só com fotos de músicos da MPB. Já a filha, Marya, vai levar a turnê com os Beatles até para o exterior.
Clássicos do quarteto de Liverpool em 13 vozes
O musical "Beatles Num Céu de Diamantes", que estreia amanhã, às 21h30, no Teatro das Artes, tem no palco 13 vozes acompanhadas por um piano, um violoncelo e uma percussão. Bem diferente da mistura de bateria, guitarra, baixo e voz do quarteto de Liverpool. Apesar de as músicas serem as mesmas, mudam os arranjos. Uma coisa, porém, é semelhante: ambos são sucessos de público.
Depois de ser consagrado no Rio de Janeiro, o espetáculo chega a São Paulo com uma temporada que vai até o dia 28 de junho. A princípio, o musical tinha sido concebido para ser apenas uma apresentação simples, sem cenário ou figurinos elaborados, para ficar em cartaz na arena do Sesc de Copacabana, no verão do ano passado. “Lógico que as músicas ajudam, mas esta não é a chave do sucesso. Se fosse assim, qualquer pessoa que tocasse Beatles em barzinhos atrairia multidões. É uma proposta musical original”, diz Claudio Botelho, um dos diretores do show.
Ao contrário dos outros musicais, este não tem diálogos. São 50 canções dos Beatles, entre elas "Strawberry Fields Forever", "Help!", "Hey Jude", "Eleanor Rigby", "Let It Be" e "I Want to Hold Your Hand", interpretadas por músicos e atores que contam a história de uma menina que resolve sair de casa e ganhar o mundo. “É uma alusão a "Alice No País das Maravilhas", porque John Lennon adorava essa história”, explica o diretor.
Gottsha, uma das solistas da peça, conta que ficou surpresa com o sucesso. “Todos os atores do musical estavam de férias. Nós atuávamos no musical 'Sete', de Ed Motta. Aí fomos chamados para fazer o espetáculo. O sucesso foi tão grande que não voltamos para o 'Sete'”, diz Gottsha. “As músicas que interpretamos mexem com sentimentos como nostalgia, medo, alegria, felicidade, compreensão e amor”, completa.
A solista destaca também que não se trata de um show de covers. “Até porque são cinco mulheres e oito homens em cena”, diz. “Não interpreto nenhum personagem. Ali, no palco, eu sou eu mesma, sem máscaras, cantando as músicas dos Beatles. Conhecia as canções, mas só fiquei fã depois do espetáculo.”
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Paul McCartney diz ter sido o verdadeiro responsável por politizar os Beatles
Fonte: G1