Por: Lucia Camargo Nunes
Talvez o maior problema dos filmes baseados em fatos reais, principalmente os de personagens contemporâneos, seja a vontade de deixá-los muito perecidos com os da vida real. Mais do que achar um bom John Lennon ou um Paul McCartney convincente, a produção quer encontrar sósias. E geralmente isso não dá certo.
Mas a diretora Sam Taylor-Wood quis algo diferente em Nowhere Boy, que faz um recorte na vida de Lennon aos 17 anos. Ela escolheu um elenco de primeira - Kristin Scott-Thomas, como a rigorosa tia Mimi; Anne-Marie Duff, como a errática Julia; o promissor Aaron Johnson, que faz John, e até o esquisitinho Thomas Sangster, como Paul McCartney.
Desde Backbeat, longa de 1994 que mostra o início da carreira dos Beatles em Liverpool e Hamburgo, focando em Stuart Sutcliffe, não se via uma produção tão boa dos Beatles. Aliás, os Beatles pouco participam de Nowhere Boy. É, antes de mais nada, a história de rapaz que vive em família desestruturada numa Liverpool pós guerra. E o foco é uma fase turbulenta da juventude de Lennon: a morte de seu tio George, a aproximação com a mãe Julia, de quem mal se lembrava, a descoberta de Elvis e seu interesse pela música.
O filme não se preocupa em destrinchar a personalidade do gênio John Lennon. Prefere centrar nos conflitos emocionais e familiares. Por isso é um filme sensível, inspirado na vida de Lennon, e que pode ser visto por fãs e não fãs que apreciam um bom drama.
A diretora deixa apenas uma palhinha de música com os Beatles e quando sobem os letreiros a sensação que se tem é de querer ouvir mais, de ver mais, de saber mais.
Se o filme é baseado também em personagens vivos, caso de Paul McCartney, é curioso saber o que ele achou do filme. Macca, na verdade, criticou Nowhere Boy. Ele contou a um site americano que chegou a dizer à diretora Sam Taylor-Wood que havia cenas erradas, mas ela simplesmente respondeu de maneira desinteressada. "Sim, Paul, mas é só um filme", ela disse. E Macca dá exemplo de uma cena que não gostou: "John realmente me deu um soco, como foi mostrado em 'Nowhere Boy', mas o meu personagem é um tipo de cara tranquilo, parece que não me importei com isso."
Além de Beackbeat, caprichado em áudio e vídeo, outra dica de filme para fãs sobre os Beatles, embora seja ficção, é o longa Two Of Us, de 2000. Nele, um suposto e misterioso encontro entre John e Paul teria ocorrido em 1975, em Nova York. Ambos estão disponíveis em locadoras.
Talvez o maior problema dos filmes baseados em fatos reais, principalmente os de personagens contemporâneos, seja a vontade de deixá-los muito perecidos com os da vida real. Mais do que achar um bom John Lennon ou um Paul McCartney convincente, a produção quer encontrar sósias. E geralmente isso não dá certo.
Mas a diretora Sam Taylor-Wood quis algo diferente em Nowhere Boy, que faz um recorte na vida de Lennon aos 17 anos. Ela escolheu um elenco de primeira - Kristin Scott-Thomas, como a rigorosa tia Mimi; Anne-Marie Duff, como a errática Julia; o promissor Aaron Johnson, que faz John, e até o esquisitinho Thomas Sangster, como Paul McCartney.
Desde Backbeat, longa de 1994 que mostra o início da carreira dos Beatles em Liverpool e Hamburgo, focando em Stuart Sutcliffe, não se via uma produção tão boa dos Beatles. Aliás, os Beatles pouco participam de Nowhere Boy. É, antes de mais nada, a história de rapaz que vive em família desestruturada numa Liverpool pós guerra. E o foco é uma fase turbulenta da juventude de Lennon: a morte de seu tio George, a aproximação com a mãe Julia, de quem mal se lembrava, a descoberta de Elvis e seu interesse pela música.
O filme não se preocupa em destrinchar a personalidade do gênio John Lennon. Prefere centrar nos conflitos emocionais e familiares. Por isso é um filme sensível, inspirado na vida de Lennon, e que pode ser visto por fãs e não fãs que apreciam um bom drama.
A diretora deixa apenas uma palhinha de música com os Beatles e quando sobem os letreiros a sensação que se tem é de querer ouvir mais, de ver mais, de saber mais.
Se o filme é baseado também em personagens vivos, caso de Paul McCartney, é curioso saber o que ele achou do filme. Macca, na verdade, criticou Nowhere Boy. Ele contou a um site americano que chegou a dizer à diretora Sam Taylor-Wood que havia cenas erradas, mas ela simplesmente respondeu de maneira desinteressada. "Sim, Paul, mas é só um filme", ela disse. E Macca dá exemplo de uma cena que não gostou: "John realmente me deu um soco, como foi mostrado em 'Nowhere Boy', mas o meu personagem é um tipo de cara tranquilo, parece que não me importei com isso."
Além de Beackbeat, caprichado em áudio e vídeo, outra dica de filme para fãs sobre os Beatles, embora seja ficção, é o longa Two Of Us, de 2000. Nele, um suposto e misterioso encontro entre John e Paul teria ocorrido em 1975, em Nova York. Ambos estão disponíveis em locadoras.
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