domingo, 26 de dezembro de 2010

"SP foi um dos melhores shows que já fiz"

Confira esta entrevista que Paul McCartney deu, em 17 de dezembro, ao seu site oficial logo após encerrar o show no 100 Club, pequena sala de espetáculo no centro de Londres, para apenas 300 pessoas. Uma curiosidade: o show começou às 13 horas.

Com a voz rouca, Paul comenta das diferenças ao fazer shows para pequenos e grandes audiências e ao ser perguntado do ano, ele cita o primeiro show de São Paulo, em 21 de novembro, no Morumbi, como um dos melhores do ano - e um dos melhores que já fez.

Acompanhe abaixo a entrevista traduzida ou em inglês



Repórter: Parabéns pelo ótimo show, como se sente ao tocar no 100 Club?
Paul: Parecia fantástico, você sabe, porque estamos voltando às raízes, me lembrou do Cavern e além, e foi muito bom. É um ótimo pequeno palco e você sabe ficamos tão felizes em ser parte da campanha para salvá-lo porque ele é bom demais para perder, é um ótimo ponto de encontro pequeno e central em Londres. Nós tivemos um grande momento. É ótimo tocar em pequenos clubes e o público estar tão perto eu até esqueço isso, é como se você estivesse jantando com eles. Mas foi ótimo, foi muito legal e nós nos divertimos, sentimos que tocamos bem e sentimos que o público respondeu bem, fora o fato de que fazia uma hora que eu saía da cama, foi ótimo, nos divertimos.

Se você pode lotar qualquer estádio, qualquer arena que quiser, então por que um clube?
Você sabe é legal em grandes estádios porque qualquer pessoa que queira ver consegue e é bom fazer grandes shows épicos, mas voltar a um pequeno clube como esse é emocionante e eu realmente acho que após tocar em grandes estádios este ano nós quisemos levar essa coisa toda de volta à nossa casa na Grã Bretanha. Então voltamos ao 100 Club e que é tão pequeno quanto você pode conseguir, e é muito íntimo, muito divertido e nós tivemos uma rajada de vento. Quer dizer, eu não havia tocado na hora do almoço desde os tempos do Cavern, e toda essa coisa de sair da cama e se preparar para um show onde você vai ter que cantar algumas notas muito altas é interessante e nos divertimos muito.

E foi aparentemente o menor show solo que você já fez?
Eu acharia que é bem provável, acho que no Cavern cabia mais gente do que no 100 Club, mas é ótimo, esses pequenos lugares são excelentes e todos nós da banda nos divertimos

Então você acha que podemos ter uma turnê de clubes no próximo ano?
Não, em uma palavra, não.

Ok, está bem. Tem sido um ano incrível de shows para você e é claro que você tem alguns concertos a fazer e termina com Liverpool, foi uma escolha intencional? Você está ansioso em voltar lá?
É, você sabe, é interessante porque 100 Club e no Academy O2 em Liverpool são locaisonde meu filho James fez shows este ano, então ele fez um reconhecimento e então estamos o seguindo nessas pequenas apresentações, mas é ótimo, quero dizer, eu amo voltar a Liverpool lógico porque é minha cidade natal e tenho vários parentes lá e depois de termos ido ao Brasil e Argentina e América é ótimo estar volta em casa e estar de volta a Liverpool é uma sensação boa no fim do ano para trazer aquela sensação de estar de volta ao lar é de fechar um ciclo, e estou tão ansioso e a banda também de ir a Liverpool e botar para quebrar

Você poderia escolher um momento do ano como destaque ou ponto alto? Foi um ano incrível.
Foi um ano incrível, mas vou escolher dois. Eu acho que São Paulo, 65 mil pessoas no primeiro show foi maravilhoso, os brasileiros amam sua música e nós adoramos tocar para eles e foi um show que se destacou. Foi um de nossos melhores shows de sempre, foi simplesmente brilhante, a plateia pirou e nós tivemos uma ótima noite. E então vou à sala East na Casa Branca, pequena mas grande por causa de Obama e seus convidados que estavam na apresentação e tivemos uma ótima noite também, então eu escolheria esses dois shows.

Você está dizendo que a Casa Branca foi um aquecimento para hoje?
A Casa Branca não foi um aquecimento

Não como um show num pequeno clube?
Uh, não, eu não vou pegar a isca, você sabe que a Casa Branca foi brilhante em sua própria maneira já que eu nunca toquei lá, eu nunca conheci um presidente em exercício e eu sou grande fã desse presidente e sua esposa e sua família, todos estávamos realmente voando baixo por tocar naquele lugar e todos os envolvidos nesse show, era algo que estávamos falando várias semanas depois, então foi ótimo, não foi um bom aquecimento para o Clube 100, mas foi fantástico.


Brilhante, muito obrigado.




Q: Congratulations on a great show, how did it feel to play the 100 Club?
PAUL: It felt fantastic y'know because we're going back to the roots, reminded me of the cavern and beyond, and it was really nice. It's a great little venue and y'know so we were happy to be part of the campaign to save it as a venue cos it's too good to lose, it's a great little central London venue. We had a great time. It's great playing those little clubs and the audience is so up close I mean forget it, it's like you're having dinner with them. But it was great it was really cool and we enjoyed it we felt we played good, and we felt the audience responded well so outside of the fact that it was an hour after I'd got out of bed, it was great we had fun.

So you could fill pretty much any stadium, any arena you wanted to, so why the club gig?
Y' know I mean it's nice playing the big stadiums because everyone who wants to see you can get in and it's good doing the big epic shows, but coming back down to a little club like that is exciting and really I think the thing was having played a lot of big epic stadium shows this year we wanted to kind of bring the whole thing back home to Great Britain and have a great time in great Britain. So we've come back to the 100 club and that's about as small as you can get, and it's very intimate very good fun and we had a blast I mean I haven't played a lunchtime show since the Cavern, and the whole idea of getting out of bed and trying to get yourself ready for a show where you're going to have to sing some very high notes is interesting and we had a great time.

And that was your smallest solo show ever apparently?
I would think it probably is yeah I think The Cavern held more than the 100 Club, but it's great, those little places are great I think we all enjoyed it in the band.

So do you think we'll see a club tour next year?
No, I think in a word no.

Ok fair enough. It's been an amazing live year for you obviously you've got a couple of gigs to go you're finish in Liverpool is that a conscious choice? Are you looking forward to going back there?
Yeah y'know it's interesting cause the 100 Club and the Academy O2 in Liverpool are two gigs my son James did this year so he did the reccy and y'know we're following him into those gigs, but it's great I mean I love going back to Liverpool of course cos it's my home town I've got a load of relatives there and after we've been to Brazil and Argentina and American and been all over the place it's nice to come back home and so y'know we come back to Liverpool and it's just a good feeling at the end of the year to bring the whole thing home feel like you're going full circle, and so I'm looking forward, the band are all looking forward to getting up to Liverpool and getting up north man c'mon.

Could you pick one live moment of the year as a stand out highlight? It's been an incredible year.
It's been an incredible year, I think you've got, I would pick two. I think Sao Paulo, 65,000 people the first show was amazing the Brazilian people love their music and so we love to play to them and it was a stand out show. It was one of our top shows ever, and it was just brilliant, the audience was bananas and we have a great evening. And then I think you know you come down to the East room in the White House, smaller but just as great because of the Obamas' and the guests who were on the show so we had a great evening there too so I would choose those two.

Are you saying the White House was your warm up for today?
The White House was not a warm up.

Not like a small club gig there...
Uh no I'm not going, accepting that bait, y'know the White House was brilliant in it's own way I'd never played there, I'd never met an incumbent President and I'm big fan of this President and his wife and his family so we all were actually very buzzed to play that place and everyone involved in that show, it was something we were talking about for a good couple of weeks afterwards so it was great, it was not quite a warm up for the 100 Club, but it was fantastic.

Brilliant, thanks a lot.

Faixa de Abbey Road vira patrimônio histórico e Macca festeja

A faixa de pedestres mais famosa do mundo ganhou, no dia 22 de dezembro, o status de patromônio histórico da Inglaterra.

Imortalizada na capa do disco Abbey Road, onde os Beatles realizaram sessão fotográfica em 1969, a sinalização é primeira do tipo a entrar na lista "Grade 2", na qual prédios e obras arquitetônicas são tombados como reconhecimento de sua importância histórica e cultural.

O prédio do estúdio que leva o nome da rua - e é considerado o templo dos Beatles - já havia recebido a certificação em fevereiro deste ano.

John Penrose, ministro de Turismo da Grã Bretanha, disse que a faixa não é um castelo ou uma catedral, mas uma sessão de fotos de 10 minutos com os Beatles numa manhã de agosto de 1969 foram suficientes para atender às reivindicações para se tornar o local em patrimônio histórico da Inglaterra.

Para Roger Bowdler, chefe do Patrimônio Inglês, esse é um caso raro. "Apesar de uma estrutura modesta, a travessia tem renome internacional e continua a ter enorme apelo cultural." Ele se refere ao local como a "Meca dos Beatles" pelo fato de tanta gente ir até lá e imitar a travessia.

Sir Paul McCartney gostou muito do presente: "Este tem sido um ano ótimo para mim e um grande ano para os Beatles e saber que a faixa de Abeey Road vai ser preservada é a cereja do bolo", festejou.

Em 1993, McCartney já havia homenageado o local com uma réplica da capa de Abbey Road para seu álbum de músicas ao vivo 'Paul is Live'. Na foto, ele e um de seus cachorros atravessam a faixa.

A residência de Paul em Londres, em Cavendish Avenue, fica a apenas dois quarteirões do estúdio.

Na homepage do blog Beatles-BR você pode conferir as imagens ao vivo de uma câmera que fica em Abbey Road. Basta clicar sobre o link.


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Paul distribui batatas e chás aos fãs em Liverpool

Paul McCartney fez sua última apresentação do ano em sua cidade natal, dia 20. Ele tocou no O2 Academy, em Liverpool, para apenas 1.200 pessoas feitas sardinhas em lata. Algumas curiosidades sobre este show, numa Liverpool coberta de neve:

- Paul chegou dirigindo seu próprio carro, com Nancy Shevell ao seu lado

- Antes do público entrar, pessoas viram a pequena Beatrice, filha de 7 anos, dedilhando seu piano

- Durante a apresentação, citou que havia vários familiares na plateia e fãs de todo o mundo



- Inspirado, fez discurso de que os políticos deveriam ouvir e atender as pessoas comuns, referindo-se às antigas instalações do Carvern Club, local onde os Beatles iniciaram a carreira e foi demolido posteriormente. Depois disse: "Se eles podem desenterrar as pirâmides então por que não o Cavern?"

- Paul não cantou "Live And Let Die" (o que também não ocorreu no 100 Club, de Londres) por questões de segurança com a pirotecnia.

- Também não tocou "Here Today" nem "Wonderful Christmastime"

- Quando retornou para o bis e a plateia ainda estava cantando "Hey Jude", ele disse: "Estou feliz por vocês me chamarem de volta!"

- Por fim, a organização distribuiu brindes na saída e ainda batatas fritas, chá e café para os fãs que enfrentariam o frio e a neve de Liverpool

Confira o set list de Liverpool O2 Academy, 20 de dezembro de 2010

1. Honey Hush
2. Magical Mystery Tour
3. Jet
4. Got To Get You Into My Life
5. All My Loving
6. One After 909
7. Drive My Car
8. Let Me Roll It/Foxy Lady (cantarolou trecho de "Baby Face")
9. The Long and Winding Road
10. Nineteen Hundred And Eighty Five
11. Don't Let The Sun Catch You Crying
12. Maybe I'm Amazed
13. Blackbird
14. Calico Skies
15. I've Just Seen A Face
16. And I Love Her
17. Petrushka
18. Dance Tonight
19. Eleanor Rigby
20. Hitch Hike
21. Highway
22. Something
23. Band On The Run
24. Back In The USSR
25. Ob-La-Di, Ob-La-Da
26. Back In The USSR
27. A Day In The Life/Give Peace A Chance
28. Let It Be
29. Hey Jude with Baby Face intro

Bis 1
30. Day Tripper
31. I Saw Her Standing There
32. Get Back

Bis 2
34. Yesterday
35. Lady Madonna
36. Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band/ The End

Fontes: Liverpool Echo, Liverpool Daily Post, Donna Jackson and Bob Gannon, do MaccaReport.com/ Fotos: Liverpool Daily Post e Donna Jackson

domingo, 19 de dezembro de 2010

McCartney diz que 1º show em SP foi um dos melhores da carreira

A passagem de Paul McCartney não será inesquecível apenas para os brasileiros que puderam acompanhar aos seus três shows neste ano. Em entrevista ao seu site oficial, o ex-Beatle afirmou que sua primeira apresentação em São Paulo, no dia 21 de outubro, está entre os melhores de sua carreira.

Perguntado se poderia citar dois grandes momentos de 2010, McCartney lembrou a sua apresentação na Casa Branca, quando ganhou o Prêmio Gershwin de Música Popular da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, e o primeiro show paulistano.

"Eu diria que [o show de] São Paulo, as 65 mil pessoas do primeiro show foram incríveis. Os brasileiros amam sua música e nós amamos tocar para eles, então foi um show único. Foi um de nossos top shows de todos os tempos, foi simplesmente brilhante. O público estava insano e tivemos uma ótima noite", elogiou.


Fonte: G1

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Os passos de John Lennon em Nova York

No início de novembro tirei uma semana de folga lá do jornal e viajei para Nova York. Como já estava por lá e faltava apenas algumas semanas para completar 30 anos da morte de John Lennon, resolvi apurar como estava a cidade que abrigou o beatle durante nove anos. O resultado dessa curiosidade é a matéria abaixo, que acabou sendo publicada no dia 5 de dezembro no caderno de Variedades do Jornal da Tarde. Ah! O sujeito com uma jaqueta preta e gorro na cabeça sou eu posando de turista. Todas as fotos da matéria foram feitas por mim, exceto (obviamente) onde John Lennon aparece. Essas fotografias foram feitas por Allan Tannenbaum e gentilmente cedidas para essa reportagem.

Por:
Felipe Branco Cruz, de Nova York

Há mais de 100 anos, a guarita de segurança, de cor dourada e em art-déco, está no mesmo lugar: ao lado do portão que dá acesso ao edifício Dakota, no número 1, da Rua 72 oeste, em frente ao Central Park, numa área nobre de Nova York. Exatamente ao lado dessa guarita, John Lennon foi assassinado em 8 de dezembro de 1980, quando chegava ao prédio. Ele morava aqui. Até hoje, Yoko Ono, a viúva do Beatle, mora no apartamento de 34 cômodos em que o casal vivia, no último andar. Desde a morte de Lennon, há 30 anos, o edifício virou ponto de peregrinação de fãs, que tiram fotos em frente ao portão.


Num ponto do Central Park, bem em frente ao Dakota, a pedido de Yoko Ono, foi construído, em 1985, um jardim batizado de Strawberry Fields, onde um mosaico com a palavra "Imagine" – um dos muito clássicos de Lennon – é uma espécie de memorial ao cantor. Ali, ônibus de turismo param a todo instante, com pessoas que tiram fotos junto ao mosaico, sempre adornado com flores.

Nova York, onde ele morava desde 1971, está repleta de referências a John Lennon. E de pessoas que têm vivas na memória lembranças do cantor que virou símbolo da luta pela paz. O fato é que, até hoje, Nova York respira Beatles. E Lennon. Ironicamente, ele costumava dizer que escolhera a maior cidade dos Estados Unidos para viver porque ali se sentia seguro, podia sair pela porta da frente de sua casa para jantar num restaurante, sem ser perseguido. Acabou sendo morto em frente ao prédio em que morava.

Erguido em 1884, o edifício Dakota é apenas um dos pontos de Nova York que atrai a atenção de fãs e curiosos sobre John Lennon. Quando foi assassinado por Mark David Chapman, às 22h50 de 8 de dezembro de 1980, com quatro tiros, o cantor estava acompanhado de sua mulher. Os funcionários do Dakota não gostam de falar sobre o episódio. “A senhora Yoko Ono não está em casa. E mesmo que estivesse eu não iria incomodá-la. Não podemos falar mais nada, por medidas de segurança. Se quiser falar com ela, mande uma mensagem pelo Twitter”, disse o segurança, de dentro da guarita dourada.

Por si só, o Dakota já é uma atração turística em Nova York. O folclore local diz que o prédio é mal assombrado. E não é por menos. Afinal, o edifícil já serviu de locação para o assustador filme "O Bebê de Rosemary", dirigido por Roman Polanski. Dentre seus ilustre moradores, viveu ali nada menos que Boris Karloff, que no cinema deu vida ao assustador "Frankenstein".

No memorial do Central Park, o clima é outro. Ali, permanentemente há músicos tocando canções dos Beatles, como o grupo cover The Meetles, que também se apresenta diariamente nas estações de metrô. Mas o personagem mais icônico do local é o nova-iorquino Airton Ferreira dos Santos Júnior. Aos 46 anos, esse filho de brasileiros tem jeitão hippie e há 17 anos vai todos os dias ao Central Park, especialmente para enfeitar o mosaico com flores. “Sempre arrumo de um jeito diferente”, diz ele. Para a tarefa quase religiosa, ele usa, por dia, seis dúzias de flores. “Mas não gasto nada. Todas as flores são doadas por floriculturas da cidade”, conta. “John nos ensinou que a paz é possível. Faço isso pela paz”.


Fotos feitas por Allan Tannenbaum em 1980, semanas antes de John Lennon morrer.
As imagens foram usadas no clipe da música "(Just Like) Starting Over"




Um cara simples e divertido

Outro homem cuja vida está fortemente ligada a John Lennon é o fotógrafo Allan Tannenbaum, 65. Ele ficou famoso por fazer fotos históricas de Lennon e Yoko, que adoravam passear no Central Park. Tannenbaum é autor de fotos célebres do Beatle, incluindo algumas dessa reportagem e as fotos do making of do clipe "(Just Like) Starting Over" (veja o clipe abaixo), durante o qual Lennon e Yoko ficam completamente nus. O fotógrafo não chegou a se tornar amigo do cantor. Mas tinha uma boa relação com ele e o conhecia como uma pessoa comum, não apenas como o ídolo mundial. “John fazia piadas o tempo inteiro. Era um cara muito divertido”, conta Tannenbaum. “Dez dias antes de ele ser assassinado, eu fiz fotos de John na casa dele”, lembra. Casado com uma brasileira, ele já teve fotos publicadas na capa de algumas das maiores revistas do mundo, como Time, Newsweek, Rolling Stone e a extinta revista brasileira Manchete. “John e Yoko formavam um casam muito próximo. Ele a chamava de mãe. E, realmente, John não era importunado em Nova York. De todas as vezes que estive com ele pelas ruas da cidade, só duas pessoas pediram autógrafo. Nunca imaginei que ele iria morrer daquele jeito”.

Clique aqui e veja todas as fotos que Allan fez de John Lennon

Quando foi morto, John Lennon tinha 40 anos. E estava se cuidando. Havia largado as drogas e o álcool. O escocês Matthews Mahir, 71 anos, dono do bar McSorley’s Old Ale House – o mais antigo de Nova York –, comprova. O lugar, fundado em 1854, era o bar preferido de Lennon e de outras celebridades mundiais, como Elvis Presley, Muhammad Ali e o ex-presidente John Kennedy. Todos fregueses de Mahir. “John se sentava numa mesa no canto e sempre usava um chapéu que lhe escondia as orelhas”, conta Matthews. “Ele não bebia cerveja e adorava o nosso cheese burguer”. O cantor gostava de pedir um refrigerante e, após comer o sanduíche, ficava uma ou duas horas apenas sentado, olhando o movimento. “Era um cara simples e divertido. Na primeira vez que ele veio ao bar, eu não o reconheci. Daí, ele disse: ‘Você sabe quem eu sou?’. Depois, deu um sorriso e me abraçou”, lembra. Matthews Mahir também fazia o papel de segurança e não deixava nenhum fã incomodar seu cliente. “Poucas pessoas o reconheciam ou tinham coragem de falar com ele”.

Há 2 meses, o mundo celebrou os 70 anos de nascimento de John Lennon. Agora, haverá eventos para marcar os 30 anos da sua morte. As duas datas são responsáveis diariamente por matérias nas televisões americanas sobre Lennon e também por aquecer o mercado editorial com novos livros. O cinegrafista Adam Shanker, 49 anos, é personagem de um desses livros: "8 de Dezembro de 1980. O Dia em que John Lennon Morreu", ainda não lançado no Brasil. A obra, escrita por Keith Elliot Greenberg, acompanha a trajetória de diversos nova-iorquinos no dia em que o Beatle foi assassinado. Na época, Shanker tinha apenas 19 anos e era barman. “Foi um grande choque”, diz ele, que guarda todos os jornais da época. “Comprei todos os exemplares que achei. Sou muito fã de John Lennon. No dia seguinte à sua morte, eu era uma das mais de 100 mil pessoas que foram homenageá-lo num show no Central Park”.

Clique aqui para ver uma entrevista com Keith Elliot Greenberg feita pela BBC

A presença de Lennon também pode ser sentida em outros lugares de Nova York, como no bar Hard Rock Café, na Times Square, que possui um museu com os ternos usados pelos Beatles no início da carreira, além de instrumentos e capas de discos autografadas. No bar, há, inclusive, um memorial para Lennon. Mas se você quiser se sentir próximo dos Beatles, o ideal é visitar o Museu de Cera Madame Tussaud (veja a foto acima), também na Times Square, onde é possível ver em tamanho real estátuas de cera dos Beatles bem no início da carreira durante a Beatlemania.

Outro ponto bacana de se visitar também é a ONU - Organização das Nações Unidas. Lá está em exposição a obra de arte "Arma em Nó", criada em 1980 em memória de John Lennon. Seu criador, o artista Carl F. Reuterswärd, doou esta escultura à Yoko Ono, que por sua vez à doou para as Nações Unidas, onde está em permanente exposição. Essas são apenas algumas das homenagens ao homem imortalizado por sua vida e obra, fundador da mais importante banda de todos os tempos e até hoje lembrado pela canção "Imagine". E que perdeu a vida justamente quando despontava como um dos maiores lutadores pela paz mundial.


Clique aqui para relembrar dez fatos importantes na vida de John Lennon

Clique aqui para ouvir algumas das principais canções dos Beatles

Clique aqui para ouvir as canções que marcaram a carreira solo de John Lennon

Assista ao clipe de (Just Like) Starting Over

sábado, 11 de dezembro de 2010

Paul McCartney agradece aos fãs brasileiros e argentinos

Muito legal esse vídeo que Paul McCartney fez para agradecer ao público brasileiro e argentino pelos shows que ele fez no mês passado. No vídeo ele aparece cantando a música 'Here Today'










quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Trinta anos depois de sua morte, legado de John Lennon continua a dar lucro



Fonte: Jornal Extra

Há 30 anos, o mundo perdia John Lennon. Por volta das 22h50m do dia 8 de dezembro de 1980, uma segunda-feira, o ex-beatle e sua então mulher, Yoko Ono, voltavam para seu apartamento no edifício Dakota, em Nova York, quando o fanático Mark Chapman disparou quatro vezes nas costas do músico. Essa (triste) história, de conhecimento público, interrompeu o sonho de muitos beatlemaníacos que torciam pela reunião dos quatro rapazes de Liverpool, separados desde 1970. Mas a morte do músico não foi capaz de barrar nem seu legado musical, muito menos o financeiro. A corporação "lennoniana" se transformou em uma indústria movida por ávidos colecionadores, fãs, sua família e sua cidade natal.

No ano em que se completam três décadas de sua morte, Lennon apareceu em quinto lugar na lista da conceituada revista "Forbes" que reuniu as celebridades mortas mais lucrativas, com arrecadação de mais de US$ 15 milhões ao ano. As cifras se juntam ao espólio de cerca de US$ 630 milhões, herdado por sua polêmica viúva. A franquia Lennon inclui museus, exposições - e leilões - de seus manuscritos, a reedição de seu catálogo, tributos e musicais, biografias e um esforço conjunto de parentes e amigos para manter seu nome vivo. O jornal inglês "The Independent" listou algumas das principais fontes de renda do eterno beatle:

Memorabilia
US$ 550 mil foi o preço que a letra manuscrita do clássico "I'm only sleeping" alcançou em um leilão britânico no começo deste mês. Lennon é astro do rock que mais arrecada com a venda de memorabilia, de acordo com Stephen Maycock, produtor do leilão. Em junho, o manuscrito de "A day in the life" foi vendido por US$ 1,2 milhão em Nova York; em 1991, o mesmo pedaço de papel valia "apenas" US$ 69 mil. "Isso dá uma ideia do crescimento deste mercado. Há uma aura mágica em torno de Lennon", justificou Maycock.

Patrimônio
Um milhão: Este é o número de turistas que visitam Liverpool anualmente atrás da mística dos Beatles, com rendimento de até US$ 75 milhões para a cidade. O censo não contabilizou a multidão de fanáticos que invadiu a terra natal de Lennon para a celebração de seu 70º aniversário, em outubro, e que retornou para chorar sua morte esta semana. No próximo ano, o Museu de Liverpool vai abrir suas portas com muitas obras e referências ao ex-beatle. Richard Hector-Jones, portavoz do museu Beatles Story, de Liverpool, disse que sua frequência "expandiu-se enormemente" com visitantes do Brasil e do restante do continente americano.

Arte
US$ 7 mil é o preço médio desembolsado para se ter um desenho original feito por Lennon. Em 1986, Yoko começou a imprimir os desenhos de seu marido em lotes de 300 cópias cada. Segundo Jonathan Poole, curador de exposições e vendedor de arte, a empresa de Yoko pratica preços que vão de US$ 785 a US$ 7.800. Os críticos costumam desdenhar da porção artista plástico de Lennon, mas Poole defende: "Ele é um ícone. Muitas dessas imagens mostram o amor que ele tinha por Yoko e sua família e, o mais importante, a sagacidade de John".

Música
Dois milhões de músicas dos Beatles vendidas digitalmente através da iTunes Store em apenas uma semana. Demorou, mas o catálogo dos Fab Four finalmente foi disponibilizado na poderosa loja da Apple no mês passado. No último ano, os discos remasterizados dos Beatles venderam 2.25 milhões de cópias em poucos dias e as vendas do Beatles Rock Band chegaram aos 1.7 milhão de exemplares em quatro meses. O catálogo completo da carreira solo de Lennon também foi relançado em edição remasterizada em outubro deste ano, para marcar os 70 anos do fab four.

Filme, peças e livros
Três musicais baseados na música de John Lennon estão em cartaz. "Rain - A tribute to the Beatles" está no meio de uma temporada de 12 semanas na Broadway; "Love", do Cirque du Soleil se fixou em um teatro construído especialmente para o espetáculo acrobático em Las Vegas; "The sessions", inspirado nas sessões de gravações nos lendários estúdios de Abbey Road, terá sua pré-estreia na próxima sexta-feira, em Liverpool.

Uma simples busca por "John Lennon" na seção de livros da loja virtual Amazon entrega 5 mil resultados. O volume mais recente, "Life, times and assassination", do jornalista Phil Strongman, sugere que o astro foi assassinato a mando da CIA.

Na última sexta-feira, estreou nos cinemas brasileiros 'O garoto de Liverpool' (veja o serviço), de Sam Taylor Wood. "Nowhere boy" (no original) é estrelado por Aaron Johnson e narra a juventude de Lennon.

Amigos e família
US$ 785 milhões é o valor estimado da fortuna da viúva de John Lennon. É Yoko quem administra as propriedades deixadas por seu marido, controlando seus trabalhos artísticos, além de ser uma das acionistas-chave da Apple Corps, que detém o catálogo dos Beatles.

"White Feather: The spirit of John Lennon" é uma mostra de objetos pessoais de Julian e Cynthia Lennon - primogênito e ex-mulher do beatle - inaugurada em Liverpool no início deste ano para contar "a história emocional e íntimo da família Lennon". Sean, caçula de John, nascido de seu casamento com Yoko, é músico e diretor musical da Plastic Ono Band.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Bye, bye, Paul

Reproduzo abaixo a matéria que escrevi para o Jornal da Tarde com a crítica do segundo dia do show de Paul McCartney em São Paulo, no dia 22/11/2010.

Por: Felipe Branco Cruz
Fonte: Jornal da Tarde

O saldo da passagem de Paul McCartney pelo Basil não poderia ter sido melhor. O ex-beatle, definitivamente, não foi um daqueles artistas reclusos, que dão trabalho aos papparazzi em busca por uma imagem exclusiva. McCartney andou de bicicleta no Parque do Povo, no Itaim Bibi, acenou para o público que o esperava do lado de fora do hotel, comemorou o aniversário de sua namorada, Nancy Shevell, no hotel Hyatt, com show da cantora Izzy Gordon, fez spa relaxante e, claro, brindou os brasileiros com três memoráveis apresentações, uma em Porto Alegre e duas em São Paulo. Um prato cheio para os fãs brasileiros.

A passagem do músico foi encerrada com chave de ouro na segunda-feira, quando ele fez o segundo show na capital paulista, no estádio do Morumbi, para um público de 64 mil pessoas, mesmo número da apresentação de domingo. O repertório foi ligeiramente diferente do primeiro show, com Magical Mystery Tour abrindo a noite, em vez de Venus and Mars/Rock Show. As outras canções incluídas foram Got to get you into my life, no lugar de Drive My Car; I’m looking through you, substituindo I’ve just seen’ face e Two of Us, no lugar de And I love Her, além da inclusão de Bluebird, gravada em 1973, com o Wings, no disco Band on the Run. Desse álbum aliás, Paul McCartney incluiu no repertório outras cinco canções: Band on the run, Jet, Mr Vanderbilt, Let Me Roll It e Nineteen Hundred And eighty-five. Foi uma justa homenagem ao disco mais famoso de McCartney com o Wings, relançado este ano em versão remasterizada.

Na estrada com a mesma banda há mais de 10 anos, o cantor e compositor conseguiu fazer o show de anteontem ser tão perfeito quanto o do domingo. Teve os mesmos efeitos pirotécnicos em Live and Let Die e as mesmas homenagens aos amigos de Beatles, John Lennon, em Here Today, e George Harrison, em Something, e também a sua mulher, Linda, que morreu de câncer em 1998. “Essa música eu fiz para a minha gatinha, Linda. Mas hoje é para todos os namorados”, disse, em português, antes de cantar My Love. O show teve até referência ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que teve sua imagem exibida no telão durante a canção Sing the Changes, composta para o álbum Electric Arguments (2008), um disco experimental, fruto de um dueto com o produtor Youth.

Frases em português
A chuva que castigou a cidade na segunda-feira não atrapalhou o show. Ela cessou logo no início da apresentação, por volta das 22h50. Paul não perdeu a oportunidade para fazer brincadeiras e, em português, disse “Tudo bem na chuva?”, seguido por um “chove chuva”, ao que a plateia respondeu: “Chove sem parar!”. Entre uma canção e outra, o ex-beatle voltou a elogiar a música brasileira. “É ótimo estar de volta ao Brasil, terra da música linda”. Em inglês, McCartney lamentou não conseguir dizer em português que a guitarra que ele estava usando para tocar a canção Paperback Writer foi usada na gravação original da música, feita em 1966.

Assim como em Porto Alegre, McCartney reservou uma surpresa para o bis. Depois de cantar Yesterday, o músico disse à plateia que sempre vê alguns fãs com cartazes pedindo para que ele dê um autógrafo em seus braços, para depois preencherem por cima com uma tatuagem. A surpresa, até para o astro, foi ver que no palco foram chamadas as mesmas meninas (a gaúcha Elisa Delifno e a catarinense Ana Paula Hininig, ambas de 18 anos) que já tinham ganhado o autógrafo em Porto Alegre. “Mas vocês já têm a assinatura”, ele disse. Elas pediram um autógrafo no outro braço, mas McCartney negou e falou para voltarem a seus lugares. Em seguida, encerrou sua temporada no Brasil com Helter Skelter e o medley Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band/The End. Bye, bye, Paul.

Para entrar para a história

Abaixo reproduzo a matéria que escrevi e publicada originalmente no Jornal da Tarde, com a crítica do primeiro show de Paul McCartney em São Paulo, no dia 21/11


Por: Felipe Branco Cruz
Fonte: Jornal da Tarde

Aos 68 anos, Paul McCartney não precisava tocar as quase 3 horas em cada um dos shows programados para o Morumbi – ontem e domingo –, para deixar em êxtase as mais de 60 mil pessoas esperadas em cada noite. Para o público voltar para casa feliz, bastaria ver o ex-beatle em ação. Mas McCartney fez muito mais. Falou em português, cantou mais de 20 músicas, homenageou os amigos John Lennon e George Harrison, acenou, deu tchauzinhos. Além de agradecer inúmeras vezes pelos aplausos. Apresentações como essas mostram porque o cantor e compositor não é “Sir McCartney” por acaso. Exceto pela queda que sofreu no palco – ao final do show do domingo, depois de agradecer ao público –, a noite foi simplesmente perfeita. O tombo aconteceu quando o cantor ia para o camarim e tropeçou numa caixa de som no palco. Apesar do susto, ele logo se levantou e demonstrou que não tinha sido nada grave.

O repertório da apresentação de domingo foi praticamente igual ao de Porto Alegre, sendo que na capital gaúcha ele tocou uma música a mais, Ram On, que em São Paulo ficou de fora. McCartney não é do tipo que faz mudanças drásticas no setlist. Às vezes, ele se dá ao luxo de mudar uma coisa ou outra, como fez na Argentina, onde abriu o show com Magical Mystery Tour. Diferentemente de Porto Alegre, aqui ele não convidou ninguém a subir ao palco. Mas abusou do português, com frases lidas numa tela à sua frente, entre elas “Boa noite, São Paulo”, “Obrigado, paulistas”, “E aí, galera?”, “Tudo ótimo” ou “Esta noite, eu vou tentar falar português. Mas vou falar mais em inglês”.

Momentos de destaque do show também foram falados em português, como quando ele cantou My Love. “Fiz essa música para a minha gatinha, Linda. Mas hoje a música é para os namorados”. Ou, ainda, quando homenageou John Lennon. “Escrevi essa música para meu amigo John”, ele disse, antes de cantar Here Today, do álbum Tug of War, de 1982. McCartney também reservou espaço para homenagear o outro amigo beatle, George Harrison, cantando Something, canção de autoria de Harrison.

Interação com a plateia
Enquanto John Lennon era mais introspectivo, Paul McCartney sempre foi considerado o mais carismático dos Beatles. No domingo, ele provou isso ao interagir o tempo inteiro com a plateia quando, por exemplo, ao final de Hey Jude, pediu, em português, para apenas os homens cantarem e depois só as mulheres. Outro exemplo foi quando resolveu, de improviso, fazer uma canção com o nome de São Paulo. Foram quase dois minutos de solos acompanhado do coro da plateia cada vez que ele dizia: “Ê, ô, São Paulo”.

Num outro momento, Paul se virou para a plateia nas arquibancadas do lado direito e disse: “Estão gostando?”. O público foi ao delírio. Depois, ele virou para o lado esquerdo e perguntou: “E vocês do lado de cá? Estão aproveitando o show? Eu estou adorando”. A cada canção, o ex-beatle não perdia a oportunidade de fazer uma brincadeira. Antes de tocar Ob-La-Di, Ob-La-Da, ele disse, em inglês: “Essa é uma canção que todos já cantaram alguma vez na vida, mesmo que escondidos. Agora, é o momento de cantar comigo. Vamo lá, se soltem”. Pouco depois, astro e público cantaram juntos no clássico refrão “She love’s you, yeah, yeah, yeah”. E o ex-beatle acrescentou um “I love you, yeah, yeah, yeah”.

Paul McCartney gosta, também, de não alterar os arranjos originais de suas canções. Para alguns músicos que já estão há longo tempo na estrada, tocar as mesmas canções, com os mesmos arranjos originais, é cansativo. Para ele, não é assim. All My Loving, Drive My Car e And I Love Her, escritas na década de 60, foram executadas com o mesmo arranjo e frescor que tiveram quando foram compostas, há 40 anos. A banda que acompanhou o astro mundial também não decepcionou. Os músicos dessa turnê já tocam com o ex-beatle há mais de dez anos.

O destaque foi o baterista Abe Laboriel Jr., que mantinha sua batida forte e marcante com simpatia e sorrisos. “Você gostaram de ver Abe dançando?”, perguntou McCartney para a plateia. Além de Laboriel Jr., também estavam no palco Paul Wix Wickens (teclado), Brain Ray (guitarra e baixo) e Rusty Anderson (guitarra). Ou seja, Paul McCartney se apresentou em quarteto. Como ele adorava fazer com os velhos amigos do Fab Four.

Álbuns ‘Vermelho’ e ‘Azul’ são relançados

Por: Felipe Branco Cruz
Fonte: Jornal da Tarde

Depois que os Beatles se separaram em 1970, foi lançada uma série de coletâneas com as canções do quarteto. As primeiras e talvez as mais significativas de todas foram Vermelho – 1962-1966 (Red) e Azul – 1967-1970 (Blue), ambas de 1973. As coleções serviram como um guia básico para as novas gerações conhecerem o principal repertório dos Beatles. Agora, a EMI relança os álbuns remasterizados e acompanhados de novo material gráfico, um ano depois que a discografia completa dos Beatles foi relançada após receber o mesmo tratamento.

A qualidade das canções nos álbuns Vermelho e Azul, de fato, está melhor, com um som mais limpo e claro. Neles, estão incluídos clássicos como Strawberry Fields Forever, Lucy in The Sky With Diamonds, All You Need Is Love, Love me Do, Can’t Buy me Love, Help!, Yellow Submarine, entre outros.

Infelizmente, o material gráfico que acompanha os discos não recebeu o mesmo cuidado que as músicas. As duas fotos internas dos encartes contêm erros. O primeiro é uma legenda de uma foto feita em frente à igreja de Saint Pancras, em Londres. A data informada na legenda é de 1969, quando na realidade a fotografia foi feita em 1968.

A outra falha está numa foto do grupo em que George Harrison aparece segurando um cigarro. Em tempos de leis antifumo, no novo encarte, o cigarro foi retirado digitalmente da mão de Harrison. É possível perceber o erro (veja a foto comparativa), a partir da sombra da foto, que revela o cigarro na mão dele.

Acima a foto sem cigarro, alterada digitalmente. Abaixo a foto original

Na internet
Na semana passada, foi anunciada também a inclusão das músicas dos Beatles no catálogo da loja virtual iTunes. Até então, as canções do quarteto não tinham versões digitais à venda. Estão disponíveis os 13 álbuns de estúdio e mais uma coletânea em dois volumes. Cada álbum será vendido por US$12,99 e as músicas individuais, por US$1,29. Em menos de 24 horas, as canções dos Beatles já estavam entre as mais vendidas da loja virtual. Sete, dos 13 álbuns, estão no top 20.

Lennon definitivo

Por: Felipe Branco Cruz
Fonte: Jornal da Tarde

Com o devido tratamento especial que o ex-beatle John Lennon merece, chegou ao mercado, pela bagatela de R$ 1 mil, o John Lennon Signature Box, uma caixa com os principais álbuns do músico remasterizados, além de dois discos extras com músicas inéditas, gravações caseiras e singles. Como se trata de Lennon, já seria notável chegar ao conhecimento do público uma nova canção, como é o caso da singela India, India. Mas o box é mais do que isso. Ele será para os fãs de John a coletânea definitiva, acompanhada de textos assinados pela viúva Yoko Ono e pelos filhos Sean e Julian (este, fruto do primeiro casamento, com Cynthia).

A caixa com 11 CDs traz todos os álbuns lançados por Lennon depois do término dos Beatles, em 1970. Os discos também podem ser comprados individualmente, por R$34,90. Infelizmente, na coletânea não estão incluídos os álbuns solo Two Virgins (1968), Life With The Lions (1968), Wedding Album (1969) e o ao vivo Live Peace in Toronto (1969). A seleção gerou crítica entre os fãs de Lennon, mas o motivo para os títulos terem ficado de fora pode ser explicado por serem experimentais, feitos numa fase complicada da vida do cantor.

A remasterização do box foi acompanhada de perto por Yoko, que supervisionou, avalizou o processo e privilegiou nos encartes as cores azul e branca, as favoritas do casal. Outra medida da viúva foi destacar a voz de Lennon e esconder a sua própria nos duetos – coisa que talvez John não aprovasse, já que sempre fez questão que Yoko tivesse destaque.

Desses álbuns, o mais emblemático é Imagine, que traz a canção-título, uma das mais significativas da carreira de Lennon. Mas há clássicos como John Lennon/Plastic Ono Band, lançado assim que ele saiu dos Beatles, em 1970, que traz as canções Mother, I found out e a contestadora God.

No box, está também um livreto com textos, desenhos e manuscritos de John. Mais do que um mimo para os fãs, trata-se de um importante material que se manteve inédito até hoje, somente agora liberado por Yoko. O ponto negativo é que os textos do produto, importado, estão todos em inglês. Mesmo assim, estão lá fotografias de John e Yoko durante algumas viagens, como uma feita ao Egito, fotos da infância do músico e bastidores dos estúdios de gravação em Nova York, nos Estados Unidos.

O lançamento foi motivado pelas comemorações dos 70 anos de Lennon, completados no dia 9 de outubro. Em 8 de dezembro, a morte do cantor completará 30 anos. A overdose dos Beatles, no caso do Brasil, é ainda potencializada pela apresentação de Paul McCartney (que fará esta noite a sua última apresentação na cidade, no Estádio do Morumbi).



Mais Lennon
Para quem não quiser desembolsar R$1 mil na caixa, foi lançada também a compilação Gimme Some Truth, feita em três versões diferentes. A primeira, mais simples, batizada de Power to The People, traz os principais hits de Lennon, como Woman, Instant Karma!, Imagine, entre outros, e custa R$39,90. A segunda versão (R$59,90) vem acompanhada de um DVD com 15 clipes de músicas.

Já a terceira, Gimme Some Truth (R$ 160), reúne quatro CDs, com 72 músicas, divididos em quatro temas: Working Class Hero (política), Woman (mulher), Borrowed Time (cotidiano) e Roots (de raízes). Estão incluídas aí canções como Be-Bop-A-Lula (no disco Roots), Mind Games (Borrowed Time), Mother (Woman) e Woman is The Nigger Of The World (Working Class Hero). Finalmente, uma coletânea à altura do gênio.

Enfim, é hora de ver Paul

Matéria que eu escrevi, publicada no Jornal da Tarde no dia do primeiro show de Paul McCartney

Por: Felipe Branco Cruz
Fonte: Jornal da Tarde

Somente quando os telões do Estádio do Morumbi começarem a exibir, às 21h, um vídeo de meia hora com a retrospectiva dos mais de 50 anos de carreira de Paul McCartney, é que as mais de 60 mil pessoas esperadas cairão na real de que, realmente, estão prestes a assistir, ao vivo, à performance histórica de um beatle em ação. Tem sido assim há mais de 20 anos. Sempre antes de suas apresentações, McCartney exibe um filme que parece dizer para a plateia: “oi, para quem não me conhece, este sou eu” (como se ele precisasse disso), ao mesmo tempo em que o coloca no devido patamar de uma lenda viva da cultura pop.

Mas antes de tocar em São Paulo nesta turnê, Paul fez show em Porto Alegre (7/11) e Buenos Aires, na Argentina (10 e 11/11), brindando o público com um generoso repertório (veja ao lado) de quase 40 músicas em três horas de apresentação. E quando se diz generoso, é porque nesse set list estão incluídas canções universalmente conhecidas, como Let it Be, Yesterday, I’ve Got a Feeling, Hey Jude, Live and Let Die e Band on The Run, compostas por Paul junto com os Beatles, com o Wings e depois em carreira solo.

Nesta, que é considerada uma das melhores turnês de Paul McCartney, Up and Coming Tour, o público testemunhará no palco um artista que não precisa provar nada para ninguém. Ele não estará ali por dinheiro (já que ele é um dos músicos mais ricos do mundo, com uma fortuna estimada em R$ 2 bilhões), nem por pressões de gravadoras, muito menos para agradar a alguém. Quando empunhar seu tradicional baixo Hofner, McCartney estará no lugar onde se sente mais à vontade no mundo: o palco, diante de milhares de pessoas.

Quem acompanha a trajetória de Paul sabe que, no início da década de 70, quando ele tinha acabado de deixar os Beatles e excursionava com sua nova banda, Wings, Paul se empenhava em provar aos fãs que era mais do que um ex-beatle – era um músico com personalidade própria. Por isso, se recusava a tocar o repertório da banda que o colocou na história. Vieram, então, os anos 80. Um período cheio de problemas para o músico e marcado sobretudo pela morte repentina de seu amigo John Lennon. E, em meados dessa década, veio o fim do Wings.

Paul só começou a retomar o repertório dos Beatles nos anos 90.No começo, incluía quatro ou cinco canções. E elas foram ganhando mais e mais espaço. Nesta turnê, mais de 20 músicas dos Beatles são tocadas a cada noite. E o espetáculo ainda prevê espaço para homenagens aos velhos companheiros de Beatles, como o momento em que Paul entoa o hino pacifista de John, Give Peace a Chance, ou quando, empunhando um ukulele (uma espécie de cavaquinho havaiano), ele canta Something, a balada romântica composta por George Harrison, sempre com imagens dos amigos sendo exibidas nos telões.

Com a morte de John em 1980 e de George em 2001, só restaram Ringo e Paul. Ringo, o baterista, não sai em turnês, o que faz dos shows de Paul oportunidades únicas de presenciar um lendário ex-beatle em ação.

Estrutura
Como se não bastasse a música em si, o público ainda terá à disposição uma excelente parafernália sonora, montada num palco de 26 metros de altura (equivalente a um prédio de 8 andares) por 62 metros de largura, equipados com dois telões de alta definição.

Ao público, algumas recomendações. A CET armou esquema especial de trânsito. Haverá, nas imediações do estádio, áreas específicas para o estacionamento de ônibus fretados, além de bolsões de taxi. O trânsito de veículos no entorno do estádio será interrompido a partir das 23h (veja no mapa ao lado) e algumas ruas terão sentido único. Quem quiser deixar o carro em casa, pode tirar dúvidas sobre linhas de ônibus pelo telefone 156.

No bar do hotel, Paul vira plateia e backing vocal

Por: Julio Maria
Fonte: O Estado de S.Paulo

“E se Paul McCartney me chamasse para cantar para ele? Só para ele?” A cantora paulista Izzy Gordon se perguntou isso, meio que sonhando, enquanto fazia esteira numa academia de ginástica. Claro, seria uma loucura. Afinal, ela já havia cantado para Bono Vox em 2008, e um raio não iria cair duas vezes em sua cabeça. Minutos depois, o celular toca. Era o raio de novo. “Estão querendo você para um show no bar do Hotel Hyatt. Dizem que é para um estrangeiro, deve ser o Paul McCartney”, falou seu produtor.

Izzy e banda seguiram para o Upstairs Bar, do Hyatt, por volta das 22h30 de sábado. Seu nome fora indicado pelo próprio hotel para divertir McCartney e sua mulher Nancy, que fazia aniversário. E ela começou com ‘Parabéns a Você’ em ritmo de samba. Depois de ‘Chega de Saudade’ e ‘O Morro Não Tem Vez’, de Tom Jobim, além de uma música de seu repertório, ‘De Cada Lado’.

Sentado ali à sua frente com Nancy no colo, o ex-beatle parecia gostar bastante. “Ele olhava para você como olhava para o John Lennon”, exagerou o empolgado Bocato, trombonista que tocou com a cantora.

Paul foi para o meio da pista do bar, dançou com a namorada, sambou duro, mas sambou. Brincou com os músicos e cantou abraçado com Izzy ‘É com Esse Que Eu Vou’. Izzy fez um segundo ‘Parabéns a Você’ para Nancy, e nesse momento Paul foi a seu ouvido cochichar: “Cante também para o Sidney, o Sidney.” Quem? “Sy-d-ney”, soletrava Paul. O bendito Sidney era um integrante da equipe dele.

O cachê normal de Izzy é R$ 10 mil. Mas McCartney pechinchou. E fechou em R$ 7 mil.

"O dia em que encontrei Paul McCartney"

Por: Patrícia Campos Mello
Fonte: Estadão

Sir Paul McCartney estava de camiseta clara e bermuda, sem boné nem óculos, e vinha pedalando na bicicleta da frente. Sua namorada, uma morena bonita aparentando uns 45 anos, de boné e bastante maquiagem, estava na bicicleta de trás.

Foi assim, em pleno Parque do Povo, na Vila Olímpia, às 11h, que encontrei o beatle. Eu levava minha cachorra border collie Sarah pela coleira e Sir Paul passou a menos de meio metro. Olhei para uma mulher que caminhava ao meu lado, ela arregalou o olho e dissemos: "É o Paul McCartney!!?"

Olhei para ele, mas Paul não sorriu e pareceu um pouco irritado, com aquela cara de "ai, que saco, fui reconhecido".

Ainda estupefata, peguei o celular na mochila para tirar uma foto. No instante em que eu ergui o BlackBerry, surgiu um segurança, também de bicicleta.

"No pictures!", disse ele, um loiro de uns 50 anos, que vinha seguido por outro segurança de bicicleta. Imagino que havia outros seguranças circulando de bicicleta pelo parque.

"Eu não sou paparazzo, moro aqui do lado, só queria tirar uma foto de longe", disse.

"Por favor, não faça isso. Você vai me deixar muito bravo se fizer isso. Guarde o celular já", continuou, em inglês, sorrindo mas com firmeza, com um sotaque britânico.

Abaixei o BlackBerry, mas ainda não me dei por vencida e tentei novamente. Comecei a andar em direção a Paul, mas o segurança de novo se aproximou e disse: "É sério. Você vai me deixar muito bravo se fizer isso".

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Paul McCartney vai embora e deixa boas lembranças

O ex-beatle Paul McCartney e sua banda deixaram ontem o hotel onde se hospedavam, no Morumbi, em São Paulo. Embarcaram ainda pela manhã na direção do Reino Unido, segundo confirmou sua assessoria. Com o ex-beatle, foi embora uma entourage de 110 pessoas, a equipe responsável pela montagem da "Up and Coming Tour", que encantou São Paulo em duas apresentações no Morumbi.

O cantor, de 68 anos, apresentou-se para cerca de 178 mil pessoas no País em três shows, nos Estádios do Beira-Rio (Porto Alegre) e do Morumbi (São Paulo). Centenas de personalidades foram ao Morumbi ver o concerto. "McCartney em grande forma, mais de duas horas, sem parar. Temos idade parecida, e ele mostra enorme energia e prazer no que faz. Como eu", brincou o ex-candidato à presidência José Serra, em mensagem no Twitter.

O site do ex-beatle ainda não traz informações sobre qual será o próximo concerto pelo mundo. "São Paulo, nunca esquecerei seus lindos sorrisos e lágrimas... e 60 mil balões brancos", escreveu no Twitter, ontem, o guitarrista de Paul, Brian Ray. Ele também comemorava o fato de ter vendido em São Paulo (após ter sido autorizado por Paul) todas as cópias de seu mais recente CD solo, "This Way Up".

Turnê - Ao todo, McCartney ficou 17 dias na América do Sul. Além dos shows, deixou uma imagem de simpatia e elegância. Blogs e sites ainda exibem fotos de seu passeio de bicicleta (andou pela Rua Tabapuã, no Itaim-Bibi, e foi até o Parque do Povo, no sábado).

Sua última reverência ao Brasil, no show de segunda-feira, foi à música brasileira, cantarolando o hit "Chove, Chuva", de Jorge Ben Jor - o grupo Black Eyed Peas também demonstrou afeto pela canção em seu show recente no Rio de Janeiro, tocando-a com o próprio Ben Jor. A turnê "Up and Coming Tour" teve 29 apresentações pelo mundo desde março. Paul também fez um show de surpresa em Nova York, em um talk-show.

Fonte: O Estado de S. Paulo.

Flagrantes de Paul McCartney no Brasil

Imagem de Paul McCartney deixando o hotel em São Paulo

Paul McCartney andando de bicicleta no Parque do Povo, em São Paulo

Vídeo que fiz de Paul McCartney deixando o hotel em SP

Abaixo o vídeo que fiz na porta do hotel Hyatt, no momento em Paul McCartney acena para os fãs. Ele estava indo para o Estádio fazer o primeiro show, no domingo.

Vídeos da passagem de Paul McCartney em São Paulo

















Vídeos da passagem de Paul McCartney em Porto Alegre



















Vídeos da passagem de Paul McCartney na Argentina









Matérias na TV sobre os shows de Paul McCartney













Sucessos dos Beatles chegam finalmente ao iTunes

Por: Yinka Adegoke
Fonte: G1

Finalmente, os Beatles estão disponíveis no iTunes. Os 13 álbuns do lendário grupo pop agora podem ser baixados através da maior varejista digital de música do mundo, anunciou a Apple nesta terça-feira.

'Estou particularmente feliz que não me perguntarão mais quando os Beatles entrarão no iTunes', disse Ringo Starr em comunicado. 'Finalmente, se você quiser, pode tê-los.'

As músicas estarão a venda por 1,29 dólar cada, os álbuns a 12,99 dólares, e os álbuns duplos a 19,99 -- em linha com as outras músicas a preços premium no iTunes.

O acordo foi fechado depois de anos de negociação entre o fundador da Apple, Steve Jobs, a empresa que administra os Beatles, a Apple Corps, e a gravadora dos Beatles, a EMI Group.

As negociações por um acordo foram frustradas anteriormente por preocupações das pessoas

que protegem o legado dos Beatles, incluindo receios de que o valioso catálogo de canções perderia o valor ao ser vendido como músicas individuais ou aumentando o potencial de pirataria digital.

A disponibilidade dos álbuns de sucesso como 'Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band', 'Revolver' e 'Abbey Road' devem impulsionar as vendas de música digital nesse trimestre, enquanto fãs baixam as músicas para encher seus iPods e outros aparelhos de mídia.

O primeiro indício de um possível acordo surgiu em 2007, depois que a Apple resolveu uma disputa de décadas pela marca da empresa dos próprios Beatles, a Apple Corps.

Mas Yoko Ono, viúva de John Lennon; Olivia Harrison, viúva de George Harrison; e dois Beatles que ainda estão vivos, Paul McCartney e Starr, tiveram desacordos entre eles sobre se permitiriam que a música fosse disponibilizada em formato digital.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Autor lança HQ dos Beatles no Brasil


Depois de contar a história do rock desde os primeiros bluesman até o indie rock contemporâneo, o quadrinista francês Hervé Bourhis, autor de "O Pequeno Livro do Rock", foca seu olhar e ilustrações na carreira de um dos maiores representantes do estilo: os Beatles.

Em "O Pequeno Livro dos Beatles" o autor retrata toda a trajetória da banda, de 1940 a 2009, contando inclusive detalhes da carreira solo de cada um de seus integrantes.

Para comemorar o lançamento, a editora Conrad garantiu a presença de Hervé na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo, no dia 27 de novembro, às 13h30. No evento o autor deve conversar sobre seu trabalho como quadrinista, além de autografar suas duas graphic novels.

John Lennon é face de moeda na Inglaterra

John Lennon recebeu mais uma homenagem. Dessa vez da Casa da Moeda Britânica. Está à venda pela internet uma moeda de prata que não poderá ser usada no comércio, com a imagem de Lennon, com seus óculos redondos.

A imagem de Lennon foi escolhida pelo público para estampar a moeda que terá o valor estampado de cinco libras (8 dóllares), mas que custará 44,99 libras. A imagem foi escolhida por meio de um concurso e Lennon ganhou com 92% dos votos. Foram feitas 5 mil cópias.

A moeda pode ser comprada no site www.royalmint.com/johnlennon. Além de Lennon, já estamparam moedas como essa o escritor William Shakespeare e o ex-primeiro-ministro Winston Churchill.

"Band on The Run" ganha prêmio e McCartney dedica à Linda

Paul McCartney ganhou o prêmio "Álbum Clássico" para o álbum "Band on The Run", lançado em 1974 e relançado no dia 1 de novembro remasterizado. Na ocasião, o ex-beatle dedicou o prêmio a sua mulher, Linda, que morreu de câncer em 1998.

Fotos raras de Lennon feitas 2 dias antes de sua morte

Abaixo uma raridade. Algumas das últimas fotos feitas de John Lennon, no dia 6 de dezembro de 1980, dois dias antes de Lennon ser morto. Nas fotografias, o ex-beatle está dando uma entrevista ao DJ Andy Peebles, da Radio 1. Na ocasião, ele disse que se sentia seguro e confortável nas ruas de Nova York. As fotos foram feitas pelo produtor da BBC, Paul Williams, no estúdio Hit Factory. Era para a entrevista ter começado ao meio dia, mas Lennon ficou até tarde ensaiando só podendo conceder a entrevista às 18h.

Ao Daily Mail, Peebles, de 61 anos, disse: "A entrevista estava prevista para durar apenas uma hora. Mas John estava gostando e lembrando de tantas coisas que falamos por 3h20. As fotografias fazem parte de um conjunto de dez, que foram a leilão."




Fonte: Daily Mail

John Lennon no Japão comendo Cup Noodles

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Vídeo da queda de Paul McCartney no show de SP

Gerações unidas pelos Beatles

Por: Adriana Del Ré
Fonte: Jornal da Tarde

É na imagem de Paul McCartney – que se apresenta hoje e amanhã em São Paulo – que fãs dos Beatles costumam realimentar sua devoção à lendária banda de Liverpool. É como se o grupo nunca tivesse acabado, tamanho o culto a ele. E isso não se aplica apenas a gerações mais contemporâneas do quarteto. Há beatlemaníacos que literalmente mal deixaram as fraldas. É o caso de João Pedro, de 3 anos. Morando com os pais em Curitiba, ele já está na capital paulista e aguarda, ansioso, ao primeiro grande show de sua vida, hoje, no Estádio do Morumbi. “Todo dia, ele me pergunta quando vai ser o show”, afirma seu pai, o músico Osmar Piffer Neto, de 26.

Segundo a mãe, a farmacêutica Vanessa Vitoriano da Silva, de 32, o filho já sabe o que quer ouvir no set list: Drive My Car e Band On The Run. Ah, tem mais uma canção. “Calico Skies”, diz, ao telefone, o próprio João Pedro. Prova de que o pequeno especialista em Beatles conhece até o lado B de McCartney – a música está em seu disco Flaming Pie, de 1997. “Quando tinha 1 ano, ele ganhou um DVD dos Beatles, ao qual assistia sempre. Começou a fazer os trejeitos do Ringo naquelas baterias de brinquedo. Fala que é o Paul”, conta Vanessa. “De uns tempos para cá é que passou a ouvir outras coisas. Mas antes eu dizia ‘vamos ouvir Bono (do U2)’ e ele pedia para trocar por Beatles. Teve uma fase que nem a gente aguentava mais ouvir a banda (risos).”

A estudante Luisa Roubicek, de 18, que vive em São Paulo, não é tão precoce quanto João Pedro, mas arrastou seus pais para Liverpool, aos 11 anos, e dois anos depois, para Nova York, onde visitou o prédio onde John Lennon morou. “Meus pais gostam de rock, mas acho que hoje sou mais fã de Beatles do que eles”, acredita a garota, cujo quarto tem as paredes tomadas por pôsteres da banda. Ela vai ao show hoje, na arquibancada especial, acompanhada dos pais, tios e primos. “Eu sabia que na hora que o Paul viesse ao Brasil, eu não pensaria duas vezes antes de gastar o que fosse necessário. Esperei a vida inteira por isso”, completou Luisa, que só não vai na pista premium porque, quando finalmente conseguiu efetuar a compra online, os ingressos para o setor já estavam esgotados.

Bolo personalizado
No quesito “não medir esforços para ver Paul McCartney de perto”, a funcionária pública pernambucana Cláudia Tapety, de 44, vai mais além. Há 20 anos, ela deixa sua Recife e acompanha os shows do ex-beatle pelo mundo, seja onde for: EUA, Porto Rico, Argentina… Mas não adianta só ser mais uma fã, tem de participar. Pelo menos é o que pensa Cláudia.

Por isso, ela se hospeda nos mesmos hotéis onde está McCartney. Aliás, neste momento, já deve estar instalada no hotel Hyatt, em São Paulo, – onde ele deveria se hospedar – e com um carro alugado, ornamentado com fotos do músico inglês. “Ele adora isso. Quando Paul veio ao Brasil em 1993, a gente emparelhou nosso carro (também enfeitado) com o dele no aeroporto. Lá, ele saiu do jatinho e foi falar com a gente”, conta ela.

Todo dia 18 de junho, religiosamente, Cláudia organiza uma festa de aniversário para seu ídolo, com direito a bolo personalizado. As fotos dessas festinhas particulares, ela diz já ter enviado ao aniversariante, assim como outros presentes. Depois de tanto tempo, Cláudia ainda espera ter uma chance de tirar foto abraçada com McCartney. Mas não faz disso um objetivo de vida. “Viajo para assistir aos shows. Se eu conseguir tirar essa foto, estou no lucro.”

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